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Virado à paulista se torna patrimônio imaterial do Estado de São Paulo

Ormuzd Alves / Folhapress

O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Governo do Estado de São Paulo (Condephaat) reconheceu o tradicional prato das segundas-feiras em restaurantes de São Paulo, o virado à paulista, como um patrimônio imaterial.

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As primeiras referências ao virado à paulista são de 1602, próximo ao período em que os bandeirantes começavam a explorar o interior do território brasileiro. De acordo com o conselho, a homenagem representa a importância dessas viagens de expansão.

Como é um prato com influência de diversas culinárias – portuguesa, indígena, africana e até italiana -, o Condephaat entende como uma expressão da diversidade cultural do Estado. “O registro pode ampliar a visibilidade de uma característica marcante na história de São Paulo: a integração de culturas de diversas procedências, ainda que historicamente marcada por confrontos, dominações e resistências”.

O virado à paulista é formado originalmente por feijão com farinha e toucinho de porco. Com o passar dos anos, foram sendo adicionados arroz, ovo, couve, banana, bisteca e linguiça.

A decisão do conselho ainda precisa ser homologada pela Secretaria de Cultura do Estado. Esse tipo de homenagem ajuda a identificar e preservar manifestações culturais típicas de São Paulo. Após o samba, esse é o segundo patrimônio imaterial reconhecido pelo Condephaat.

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