A presença maciça de foliões para curtir os blocos na região da Av. Brigadeiro Faria Lima – segundo dados da prefeitura, pelo menos um milhão de pessoas passou por lá no sábado – se tornou uma dor de cabeça para os moradores da região.
Mesmo com mais estrutura do que no ano passado e ameaça de multa para quem urinasse nas calçadas, as pessoas utilizaram ruas próximas aos blocos como sanitário público. Este foi o caso da rua Sebastião Gil, uma pequena travessa paralela à rua Teodoro Sampaio e bem próxima ao metrô Faria Lima.
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«Este ano estava muito mais organizado, mas a questão do xixi foi grave. Minha rua está fedendo de dar ânsia. Próximo à minha casa tem uma loja, com um paredão, que acompanha a entrada do meu prédio. Às vezes eu olhava e tinha 10 homens fazendo xixi. Gente passando e eles nem aí», lamentou a psicanalista Luciane Aboud Tabachi, de 58 anos.
«Minha rua está fedendo. Ontem mesmo o zelador jogou cândida e lavou a rua com esguicho. E, pelo que eu vi, no Largo da Batata e pela Av. Brigadeiro Faria Lima tinha muitos banheiros químicos. Eu moro no primeiro andar e eu sinto o cheiro do meu apartamento, mesmo com a janela fechada. Estou com o ventilador o tempo todo ligado», completou.
Segundo a psicanalista, nem mesmo a presença do efetivo policial inibiu os foliões. «Tinha muita polícia, mas eu não sei quem é que multa. Acho que são os fiscais da prefeitura. Os policiais passavam, mas a molecada estava nem aí», contou. Conforme balanço divulgado pela prefeitura, no sábado, dia 3, pelo menos 50 pessoas foram multadas por fiscais nas regiões da Sé, da Vila Mariana e de Pinheiros ao urinarem nas ruas.
«Minha filha foi em um bloco na rua dos Pinheiros, o Ritaleena. Ela disse que elas e as amigas usaram os banheiros químicos. E eles estavam até ‘cheirosos’. Super usáveis. Tinha fila, obviamente», contou Luciane. Para ela, a solução para evitar que os foliões utilizem as ruas como sanitário é a prefeitura disponibilizar ainda mais banheiros químicos. «Só não sei se é possível», finalizou.