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Recuperação de veículos pela polícia bate recorde negativo em São Paulo

Com 28,9 mil ocorrências, total de veículos localizados após roubo ou furto na capital regristrou no ano passado queda de 12,3% e atingiu menor índice desde 2008

O número de veículos recuperados pela polícia após ocorrências de roubos e furtos na capital atingiu no ano passado o menor índice dos últimos nove anos.

Em 2017, foram localizados 28,9 mil veículos com registros criminais em São Paulo – 12,3% menos na comparação com 2016.

Foi a menor produtividade da polícia desde 2008, quando foram devolvidos aos proprietários 26,4 mil veículos que haviam sido levados por bandidos. Os dados são da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).

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Para o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo José Vicente da Silva Filho, o índice de recuperação está mais relacionado ao comportamento dos bandidos do que com a investigação policial.

“Metade dos carros roubados ou furtados é usada para cometer outros crimes.  Depois, são abandonados e a polícia os encontra, geralmente após denúncia.”

Segundo o coronel da reserva, os outros veículos “evaporam” das estatísticas, pois são desmanchados ou adulterados para que possam ser vendidos pelo crime organizado. “Para estes casos, faltam respostas efetivas.”

Outro lado

Sem explicar o motivo da queda na taxa de recuperação, a SSP afirmou que combate os furtos e roubos de veículos com diversas operações em oficinas e estacionamentos suspeitos de serem desmanches, além de bloqueios policiais nos locais em que há maior incidência deste tipo de crime. “Nos últimos 12 meses, a operação Desmanche vistoriou 528 estabelecimentos e fechou 36 na capital.”

Principais crimes têm redução

O ano de 2017 foi menos violento na capital na comparação com 2016. O balanço anual da SSP, divulgado na semana passada, registrou queda nos principais crimes contra a vida e o patrimônio. O número de casos de homicídio caiu 15,5% e passou de 844 ocorrências em 2016 para 713, em 2017. Foi o menor índice desde o início da série histórica, em 2001. A capital também notificou menos roubos (-3,5%) e menos roubos e furtos de veículos (-9,7%). Os latrocínios (roubo seguido de morte) ficaram estáveis, de 116 para 117 casos. Houve alta no número de furtos (5,6%).

 

 

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