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Movimentos sociais e petistas sobem o tom e sugerem ruptura

Manifestação na Praça da República Reprodução/Twitter

Após a conclusão do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), nesta quarta-feira, 24, movimentos sociais e militantes pró-Lula passaram a empregar um discurso de ruptura, em protesto contra a condenação do ex-mandatário.

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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) declarou que o caminho para combater o que chamou de golpe não é institucional, mas, sim, o enfrentamento nas ruas. «Hoje acabaram com a democracia no Brasil e com pacto da Constituição de 88 de respeitar eleições livres», disse. «Querem tirar um representante do povo que lidera todas as pesquisas.»

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que «passaram dos limites» com a condenação. «Eles ultrapassaram uma linha vermelha. Sempre que o andar de cima fecha as portas da democracia, as portas dos canais institucionais, leva o povo à radicalização e deixam a rua como única alternativa. Não há espaço para hesitação nem recuo. É preciso permanecer nas ruas e dar a resposta», declarou

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Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, a condenação de Lula na segunda instância foi «irresponsável» e «coloca o Brasil em processo de convulsão social». «[Esta] É uma absoluta atitude de irresponsabilidade, construindo enfrentamento conosco, porque não aceitaremos que eles venham a impedir a candidatura de Lula», disse o líder sindical. «É ilegal e inconstitucional e vamos derrubar isso na rua, contra o poder da toga. Fique claro isso: eles que não venham achar que não haverá resistência popular, porque é a resistência popular que consegue manter a democracia. Lula é o nosso candidato», reforçou Freitas.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou em ato pró-Lula que indignação e revolta são as palavras que vêm à sua cabeça quando pensa na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. «Essa sentença rasgou mais uma vez a Constituição», disse a senadora, que classificou a sentença como corporativa para proteger o juiz Sérgio Moro. Ela prometeu montar uma frente de centro-esquerda pela democracia. «Vamos para a luta.»

Gleisi pediu para as pessoas pendurarem uma bandeira vermelha nas janelas junto com a bandeira do Brasil. «Ou reagimos para proteger a democracia ou vão passar por cima de nós.»

Na tarde desta quarta, integrantes da Frente Povo Sem Medo – que congrega entidades ligadas aos movimentos sociais – atearam fogo em pneus em importantes rodovias que dão acesso à cidade de São Paulo – Imigrantes, Régis Bittencourt e Presidente Dutra – no final da tarde desta quarta-feira, 24, interrompendo o trânsito nos dois sentidos das três vias.

Gleisi: indignação e revolta

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou em ato pró-Lula que indignação e revolta são as palavras que vêm à sua cabeça quando pensa na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmada em segunda instância nesta quarta-feira, 24.

«Essa sentença rasgou mais uma vez a Constituição», disse a senadora, que classificou a sentença como corporativa para proteger o juiz Sérgio Moro. Ela prometeu montar uma frente de centro-esquerda pela democracia. «Vamos para a luta.»

Gleisi pediu para as pessoas pendurarem uma bandeira vermelha nas janelas junto com a bandeira do Brasil. «Ou reagimos para proteger a democracia ou vão passar por cima de nós.»

Enfrentamento

Presente ao ato, o senador Lindbergh Farias afirmou que Lula será candidato nas eleições de outubro. «Vamos registrar a candidatura do Lula em 15 de agosto e ele será candidato», afirmou o senador. «Para prender o Lula tem que prender nós todos que estamos nesse ato», acrescentou Lindbergh

Segundo ele, o caminho para combater o que chamou de golpe não é institucional, mas sim o enfrentamento nas ruas. «Hoje acabaram com a democracia no Brasil e com pacto da constituição de 88 de respeitar eleições livres», disse. «Querem tirar um representante do povo que lidera todas as pesquisas».

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