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Ex-funcionário processa Google e diz ser ‘discriminado’ por ser homem, branco e conservador

Cinco meses depois de ser demitido pelo Google, James Damore apresentou uma queixa contra a multinacional alegando discriminação. O engenheiro, que se tornou conhecido por suas falas machistas, disse que se sentia «discriminado» por ser um homem, branco e conservador.

Segundo a Fayerwayer, Damore foi demitido em agosto de 2017, depois de apresentar um relatório criticando as políticas de inclusão e diversidade da empresa. No relatório, ele ressaltou que as mulheres estavam biologicamente menos preparadas para empregos relacionados à engenharia e à empresa do que os homens.

A crítica de Damore durante este tempo tem sido relacionada a sua oposição às políticas do Google de atribuição de encargos, incluindo parâmetros sociais justos, relacionados ao gênero ou à etnia. Sua posição, segundo ele, é focada unicamente no mérito. Neste contexto, ele formalizou a denúncia afirmando que a empresa é intolerante  com aqueles que se declaram conservadores, brancos e homens.

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“Os funcionários e gerentes do Google preferem ouvir as mesmas opiniões repetidamente, produzindo apenas ecos ideológicos; uma bolha de pensamento protegida e distorcida (…) Há assédio e sabotagem da raça para quem expressa um ponto de vista conservador”, expressou Damore.

O relatório apresentado por Damore foi declarado vexatório para as mulheres e abertamente machista. Nele, o homem diz que, por razões biológicas, há mais homens no mundo da programação, deixando de lado as condições e as construções sociais onde certas habilidades são promovidas. Após a repercussão do caso, a Google decidiu demiti-lo.

“A biologia explica (em parte) por que certos interesses e capacidades abundam mais entre homens e outros mais entre as mulheres e por que não há 50% de cada sexo em posições tecnológicas e de liderança (…)», defendeu Damore.

«Comparado com os homens, as mulheres tendem mais aos sentimentos, estética e mais às pessoas do que às ideias e coisas (isto é, simpatizam em vez de sistematizar). Em parte, talvez seja por isso que elas abundam em áreas sociais ou artísticas. Talvez existam mais homens na programação porque esse campo requer sistematização e mais mulheres na experiência do usuário porque esse campo requer empatia”, expressou Damore em seu relatório.

O engenheiro também apresentou 100 páginas de screenshots de comunicações internas da empresa onde o assunto é discutido. Ao mesmo tempo, ele apareceu com t-shirts que incluem o termo Goolag, uma referência ao «gulag»,  campos de trabalho forçado onde os opositores e dissidentes da ex-URSS eram enviados.

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