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ABC adia decisão sobre tarifa, mas avalia reajuste do ônibus

Em São Caetano, passagem custa R$ 4 - Alessandro Valle/ABCDigipress

Os prefeitos do ABC, na Grande São Paulo, ainda não sabem dizer se haverá  reajuste no valor da tarifa do transporte público municipal. Nesta terça-feira, o tema gerou confusão em discursos conflitantes. Diante do impasse, os passageiros seguem sem saber se terão de pagar mais para usar ônibus em 2018.

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Em dezembro, a informação dada pelo Consórcio Intermunicipal do ABC era de que o tema seria debatido regionalmente, em reunião entre os líderes municipais que foi realizada ontem. No entanto, o encontro não resultou em decisão sobre o aumento da passagem.

“Nenhuma cidade recebeu solicitação oficial de correção do valor da tarifa. Então, não deliberamos sobre o assunto porque não teve pedido. O maior interessado em ter correção é o concessionário. Se eles não pediram aumento, não cabe a nós decidir sobre. Então, em janeiro, não terá decisão sobre tarifa no ABC”, disse o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB).

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Porém, a informação foi desmentida pelo chefe do Executivo de Santo André, Paulinho Serra (PSDB), que disse já ter recebido um pedido de empresários do setor para reajuste. A Aesa (Associação das Empresas de Transporte de Santo André) confirmou que repassou solicitação de aumento à prefeitura.

“Está em mãos e vamos avaliar. Ainda não há uma certeza. Os sistemas são muito diferentes e o que tem de certo é que vamos decidir sobre isso nos próximos 30 dias”, afirmou Paulinho.

A Suzantur, que opera as linhas municipais de Mauá, informou que também já formalizou proposta para aumento à prefeitura. Na região, a empresa administra ainda parte do transporte em Santo André, mas disse que, na cidade, não oficializou solicitação de reajuste por trabalhar em um contrato temporário.

A viações Vipe, de São Caetano, e SBCTrans, de São Bernardo, foram procuradas, mas não responderam se já procuraram os municípios para pedir reajuste da passagem.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do ABC informou que irá protocolar em todas as prefeituras da região um pedido de revisão tarifária na próxima sexta-feira com base nos custos operacionais das companhias.

Em SP, grupo faz incêndio em ato contra aumento

A avenida Nove de Julho, na região central da capital, foi palco ontem de manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público na cidade. O reajuste, em vigor desde domingo, fez subir de R$ 3,80 para R$ 4 as passagens dos ônibus, trens e metrô.

Por volta das 6h, um grupo ateou fogo em barricada com pneus pouco antes da entrada do túnel. O bloqueio interrompeu a pista no sentido da região dos Jardins, que não foi ocupada pelos manifestantes. Não houve registro de feridos.  

Não ficaremos em silêncio, diz Morando sobre o Metrô

“O que nos cabe é aguardar e pressionar, que é o que vamos continuar fazendo. Não passaremos o ano em silêncio caso a obra não comece”, disse o presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC e prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), ao comentar a fala dada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) anteontem, em que afirmou não ter previsão para início em curto prazo do projeto para a construção da linha 18-Bronze do Metrô, que prevê ligar o ABC à capital por meio do sistema monotrilho.   

“Ano passado demos uma alternativa para que o governo estadual pudesse manifestar se teria interesse em  (substituir por) outro modal. Eles disseram que não, que iriam manter a linha 18-Bronze. Agora, o que nos cabe é aguardar. As prefeituras são reféns das decisões do Estado”, comentou Morando. 
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