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Após se livrar de entrave, Alckmin não crava Metrô no ABC

Apesar de ter recebido aval no fim do ano passado para obter crédito que deve ser utilizado em desapropriações para uma linha do Metrô no ABC, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que ainda não há prazo para iniciar as obras do sistema de monotrilho na região, que ligaria a capital ao Centro de São Bernardo, passando por Santo André e São Caetano.

“Não dá para cravar data ainda sem ter o financiamento definido”, disse o chefe do Estado ontem, no Jardim Represa, em São Bernardo, onde assinou ordem de serviço para início do programa Pró-Billings (leia mais abaixo).

A PPP (Parceria Público-Privada) entre o governo estadual e o consórcio Vem ABC, vencedor da licitação para construção e operação da linha 18-Bronze do Metrô no ABC, foi assinada em agosto de 2014. Desde então, a iniciativa não saiu do papel.

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Até o fim do ano passado, o Estado alegava que o que travava o início das obras era a impossibilidade de obtenção de R$ 406,9 milhões em crédito para a realização das desapropriações ao longo do trecho. O Ministério da Fazenda dizia que São Paulo não tinha capacidade financeira para contrair o empréstimo por apresentar nota baixa no Boletim de Finanças Públicas dos Estados e Municípios.

No entanto, o rating (classificação de crédito) passou de C para B no estudo final de 2017, divulgado no início de dezembro pelo governo federal – o que agora permite a obtenção de empréstimo para novas obras.

A STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado) informou que um novo aditivo de prazo para início do contrato da linha 18–Bronze já está aprovado e encontra-se em tramitação burocrática para ser assinado, prorrogando por mais seis meses o início da PPP, de novembro de 2017 até maio deste ano. “Agora, com a liberação de novos financiamentos, vamos estudar onde buscar esses empréstimos para novas obras”, disse o governador. 

Apesar de não dar prazo, ele prometeu que a linha de Metrô no ABC irá sair do papel.  “Não tem decisão em curto prazo, mas haverá, sim. Tanto é que o contrato está mantido.”

Vários adiamentos

O início das obras já teve pelo menos três adiamentos. Em agosto de 2014, Alckmin afirmou que as intervenções  seriam iniciadas em 90 dias. Em abril de 2015, o governo prometeu começar o projeto, no máximo, até dezembro do mesmo ano. Após duas prorrogações, a gestão estadual estipulou uma nova data para o pontapé inicial nos serviços: o segundo semestre de 2016, prazo que também não foi cumprido. Desde então, não há mais prazo para começo dos serviços.

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