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Caso do menino Arthur evidencia demora no atendimento do SAMU em SP

O caso do menino Arthur, morto ao ser atingido por uma bala perdida durante o Réveillon, voltou a chamar a atenção para um problema que a BandNews FM vem alertando as autoridades há pelo menos sete anos: a demora no atendimento do SAMU.

A família da criança esperou horas por uma ambulância que fizesse a transferência do Hospital Family, em Taboão da Serra, para o Hospital Geral de Pirajussara, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

O primeiro veículo enviado não tinha os equipamentos de UTI necessários para o traslado do garoto de cinco anos, que havia passado por uma cirurgia.

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Horas depois, a segunda ambulância foi enviada sem médico ou enfermeiro disponível para o transporte de cerca de 10 km.

O próprio Hospital Family disponibilizou os profissionais para o deslocamento.

Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band na última quarta-feira (03), a mãe, Valéria Aparecido, diz que houve negligência do SAMU e que não havia médico no hospital.

A prefeitura de Taboão da Serra alega que o primeiro veículo não estava equipado corretamente porque a coordenação do SAMU não foi avisada de que a criança havia sido baleada.

A demora para o deslocamento da ambulância, no entanto, não é um caso isolado.

Há três meses, a analista financeira Thaís Silfer teve o mesmo problema na mesma região do hospital onde Arthur ficou internado em Taboão da Serra.

Ela parou para ajudar uma motoqueira atingida por um carro, que fugiu sem prestar socorro, e teve que esperar quase 2 horas para a chegada do resgate.

Na capital paulista, a demora no atendimento do SAMU também é uma realidade.

No fim do mês passado, o motorista Marcelo Felix passou mal em um posto de gasolina localizado a cerca de 3 km do Hospital das Clínicas.

A mulher dele, Thais Felix, conta que os frentistas tiveram que aguardar cerca de 1 hora e 50 minutos pela chegada de uma ambulância.

Marcelo Felix não sobreviveu; a causa e o horário da morte, que vai apontar se ele faleceu antes ou durante o transporte para o Hospital das Clínicas, ainda são levantadas pelo IML.

Procurada, a Prefeitura de São Paulo informou que está apurando o caso.

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