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Praias de São Paulo estão em boas condições para os banhistas nesta virada do ano

Fortes chuvas da estação podem mudar qualidade das águas

Há uma boa notícia para quem curte dar um mergulho no mar durante o verão: a maior parte das praias paulistas está boa para banho. Do total de 166 principais pontos marítimos que recebem banhistas no Estado (sem contar Iguape e Ilha Comprida), apenas 12 estão com água imprópria – 7,2% do total. 

Os que pretendem viajar para Itanhaém, Peruíbe, São  Sebastião, Bertioga e Caraguatatuba têm ainda mais motivos para comemorar. Essas são as únicas cidades que possuem 100% das praias limpas.

Apesar de grande parte dos locais estar “ok” para os banhistas, é preciso manter a atenção. A classificação de qualidade das praias é feita pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São  Paulo) semanalmente. O levantamento ao lado foi feito entre o dia 24 deste mês e anteontem. Por conta disso, não é garantido que as praias continuem com essa classificação nas próximas semanas do verão.

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A gerente do setor de águas litorâneas da Cetesb, Claudia Lamparelli, alerta que o principal fator que colabora para a mudança da condição das águas é a quantidade chuva. Como no verão é comum o registro de tempestades, é possível que a qualidade de alguns locais mude.

“Quando chove, tudo o que tem na superfície do solo, como fezes de animais e lixo, acaba indo para rios e canais e depois termina no mar. É exatamente por isso que neste verão há bastante praias com boa classificação. Este ano foi mais seco que o passado, então, as águas estão em melhores condições”, explicou.

Segundo ela, a falta de saneamento básico em algumas cidades também provoca prejuízo à qualidade das praias. “A maior concentração de pessoas é outro fator, porque, nesses pontos sem infraestrutura, a quantidade de esgoto jogada nas águas é maior”, disse Claudia.

 

Riscos à saúde

A classificação da Cetesb é feita de acordo com as densidades de bactérias fecais (presente nas fezes) resultantes de análises coletadas em cinco semanas consecutivas. Se as amostras do local apontam quantidade acima do tolerável, a praia é considerada imprópria. Por conta disso, não é recomendado se banhar em áreas consideradas fora das condições sanitárias.

“O contato pode gerar doenças transmitidas pela água. A mais comum associada ao banho de mar em local contaminado é a gastrointerite, que pode resultar em febre, dor de estômago e diarreia. Se a contaminação for grave, também pode ocasionar hepatite A. É claro que nem todo mundo fica doente, mas há risco, que é ainda maior para crianças e idosos”, explicou Claudia.

A gerente de águas litorâneas diz que é sempre importante ficar atento às bandeiras verdes e vermelhas colocadas pela companhia nas praias. Também é possível ver a qualidade das águas na página oficial da Cetesb no Facebook, onde as informações sobre condições dos pontos marítimos de banho é atualizada semanalmente.     

Prainha do Riacho Grande está imprópria para banho

Para os que não forem viajar para o litoral, uma opção é se banhar nas águas da represa Billings. Porém, é preciso atenção: a Prainha do Riacho Grande, que fica na região da Estação de Tratamento de Água, em São Bernardo, está imprópria para banho. O local costuma receber muitos banhistas em dias de calor.    

Os demais pontos para nadar no reservatório estão em boas condições – pelo menos nesta semana (veja ao lado).

“A chuva também tem o papel de levar poluição para esses pontos, apesar de ser água doce. Por isso, as doenças e os riscos para os locais impróprios são os mesmos”, comentou a gerente de águas litorâneas da Cetesb, Claudia Lamparelli.

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