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Barreiras não afastam moradores de rua em Santo André

As medidas adotadas em março deste ano pela Prefeitura de Santo André para ressocializar moradores de rua não foram suficientes para dar cara nova para a avenida Prestes Maia, na Vila Guiomar.

Mesmo com barreiras de cimento criadas na parte debaixo do viaduto Tamarutaca, próximo ao Sesc, usuários de crack continuam a viver e criar barracas no local.  Mas por conta das intervenções criadas pela prefeitura, eles têm ocupado a quadra para esportes e o gramado ao lado.

A quantidade de lixo abandonado no local é grande. A situação é parecida a enfrentada em outro ponto da avenida, embaixo do viaduto engenheiro Luiz Meira, próximo ao Centro Universitário Fundação Santo André. Neste ponto, foram instaladas diversas pedras para afastar os moradores de rua. O movimento parece menor que anteriormente, mas muitos ainda são vistos por lá.

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A proposta do programa Novo Começo era dar vida nova à população em situação de rua, com atendimento na saúde e oferecimento de cursos profissionalizantes e vagas de emprego. O lançamento das ações foi realizado na avenida Prestes Maia, considerada uma espécie de “cracolândia” da cidade,

O prefeito Paulinho Serra (PSDB) reconhece que as ações não tiveram o ritmo que se desejava. “Não tenho nenhum problema em reconhecer de que foi um programa bastante difícil de tirar do papel pela dificuldade de adesão por parte dos moradores de rua. O que a gente tem visto, infelizmente, é um aumento dessa população. Daí não é um problema de Santo André, é geral, que assola o país. Aumentou na capital e em todo o ABC.” Serra diz que as abordagens das equipes serão intensificadas.

De acordo com a Secretaria de Cidadania e Assistência Social da cidade, foram atendidos 28 moradores que deixaram as ruas no decorrer deste ano. Entre janeiro e novembro, 171 pessoas foram encaminhadas para vagas de emprego e 21 aderiram aos cursos oferecidos, em áreas como varejista e artesanato.

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