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Casal usava túnel para furtar combustível na Grande São Paulo

Uma casa na avenida Palmares, em Santo André, escondia um túnel utilizado para furtar combustível de dutos da Petrobras que passam em terreno próximo. O caso foi descoberto na noite de domingo após a empresa perceber diferença de pressão na estrutura. A polícia foi avisada e, após investigação, chegou ao imóvel localizado na avenida Palmares, no número 189.

Um casal que estava no local no momento da ação foi preso. De acordo com a polícia, o duto possui cerca de 3 metros de profundidade e atravessava por baixo o terreno de três casas até chegar ao da Petrobras, em percurso de cerca de 30 metros.

Os investigadores disseram que os suspeitos perfuraram o duto e implantaram uma válvula nele. Dessa forma, transferiam o produto, por meio de uma mangueira, para um tanque com capacidade de 20 mil litros escondido em um caminhão.

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Segundo o delegado titular da 3ª Delegacia de Investigações sobre Crimes Patrimoniais, Jan Plzak, o procedimento indica a participação de profissionais no crime, pois necessita de equipamentos e técnica especiais.

A casa foi alugada há cerca de dois meses e recebeu modificações dos criminosos, que taparam porta e janela na entrada. Eles utilizavam substâncias com perfume para disfarçar o cheiro na vizinhança.

O combustível é extraído da refinaria de Capuava, localizada em Mauá, a poucos quilômetros dali, e distribuído para a Grande São Paulo pelos oleodutos.

De acordo com a Transpetro, empresa da Petrobras responsável pelo sistema, não houve vazamento e não há risco de explosão. Equipes da companhia foram mobilizadas para realizar o reparo, que pode demorar até quatro dias. “A maior preocupação da companhia é com a segurança das famílias pois intervenções criminosas nos dutos podem trazer riscos para a comunidade”, disse a Transpetro em nota.

Este não é o primeiro caso flagrado na região neste ano. Em abril, foi preso um grupo que também utilizava um túnel para roubar combustível na avenida Sapopemba, no Jardim Elba, em Santo André.

A Transpetro mantém o telefone 168 para que moradores denunciem movimentações suspeitas.

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