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Multas por uso de celular ao volante caem 26% no ano em São Paulo

Segurar o aparelho para conversar ou manuseá-lo passou a ser infração gravíssima em novembro do ano passado e isso pode ter ajudado queda, vê especialista

Image Source/ Folhapress

Números da prefeitura sobre multas trazem o que pode ser uma boa notícia: o total de infrações flagradas por usar o celular enquanto dirige caiu 26% entre janeiro e agosto deste ano.

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Essa infração é considerada pelos especialistas em trânsito uma das mais perigosas para causar acidentes.

Tanto que desde novembro do ano passado, o manuseio do celular ou segurá-lo com uma das mãos para conversar ao telefone passou a ser considerado infração gravíssima (era média), com multa de R$ 293,47 e sete pontos na habilitação.

“A notícia [da queda das multas] é boa”, disse José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária. “Mas é preciso avaliar se o número de agentes fiscalizando foi mantido.”

Questionada, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)  disse em nota que não houve redução na fiscalização do uso do telefone celular na cidade. “Pelo contrário, a gestão atual anunciou a intensificação desse tipo de infração.”

Nas ruas, as pessoas não veem mais respeito à regra.  “Não [sinto que diminuiu]. Sempre vejo pessoas usando o celular”, disse Lucas Santos, 25 anos, assistente jurídico (veja mais depoimentos ao lado).

Ramalho afirmou que muitas campanhas têm sido feitas para mostrar o perigo de associar celular e direção, mas sua avaliação é que o aumento do valor da multa pode ter ajudado nessa queda. “Infelizmente, como diz a máxima, brasileiro reage quando mexe no bolso”, afirmou. Ele fez questão de enfatizar que a multa não é feita para punir, mas para criar fronteiras entre quem cumpre a lei e quem não o faz.

No escuro

Em julho, o Metro Jornal mostrou estudo do Cesvi  Mapfre (Centro de Experimentação e Segurança Viária) que identificou  em voluntários um tempo máximo de 4,5 segundos interagindo com o celular ao volante–a 50km/h, chegaria a 62,5  metros percorridas “às cegas”.

 

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