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Envolvidos em desvio na USP dizem não ter informações sobre o processo

Marcos Santos / USP Imagens

Pessoas envolvidas na investigação que levou ao pedido de prisão preventiva de Marcelo Rodrigues de Carvalho, ex-professor de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), se manifestaram sobre a decisão judicial.

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Marcos Simplício, administrador da Tec Science, disse: «por enquanto não tenho acesso ao processo. Tenho que montar uma defesa e qualquer coisa que eu falar agora é prematura. Tenho muita vontade de esclarecer, preciso ver o teor do que estou sendo acusado para tomar as medidas necessárias.»

A reportagem tentou contato com o técnico administrativo do Departamento de Zoologia Eduardo Netto Kishimoto, mas foi informada de que ele está em férias.

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Sérgio dos Santos, proprietário da Bellatrix, informou que não recebeu nenhuma intimação. «Continuo trabalhando, atendo os clientes», afirmou. «Tenho que entender o que está acontecendo »

A Justiça Federal decretou a prisão preventiva de Marcelo Rodrigues de Carvalho. Segundo o Ministério Público Federal, entre maio de 2012 e dezembro de 2014, quando ainda fazia parte do corpo docente, Carvalho utilizou notas frias para simular compras e embolsar recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação. Um servidor da universidade e dois empresários o auxiliaram nas fraudes, aponta a investigação.

Além de Marcelo Carvalho, respondem às ações os empresários Marcos Simplício, administrador da Tec Science, e Sérgio dos Santos, proprietário da Bellatrix. O técnico administrativo do Departamento de Zoologia Eduardo Netto Kishimoto, que teria auxiliado o professor na obtenção das notas frias, também foi responsabilizado pelas irregularidades.

Carvalho pediu exoneração do cargo no começo deste ano e se mudou para os Estados Unidos, logo após o início da apuração interna conduzida pelo Instituto de Biociências da USP.

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