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Parque das Mangabeiras é interditada por suspeita de febre amarela em macacos

Cinco meses depois de serem reabertas, as áreas verdes e o mirante que enchem os olhos e são opção de lazer para muitos belo-horizontinos fecham as portas mais uma vez, a poucos dias do início do período de férias. Por conta das novas suspeitas de febre amarela, a prefeitura determinou ontem a interdição das estruturas do Parque das Mangabeiras, na região Centro-Sul da capital. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a medida foi tomada depois que três macacos foram encontrados mortos no local. A suspeita é que eles tenham sido infectados pela doença.

Em fevereiro, as visitações ao espaço estiveram interrompidas pelo mesmo motivo e só voltaram a ocorrer em junho. Os animais foram encaminhados para laboratórios e vão passar por exames para confirmar o motivo do óbito. “Esperamos que tenha um resultado rápido, já que estamos diante de uma doença como a febre amarela. Não tomaremos nenhuma medida de reabertura enquanto o resultado não vier”, explicou a diretora de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica, Lúcia Paixão.

A recomendação da prefeitura, principalmente para os moradores do entorno, é a vacinação contra a enfermidade. “O alerta para quem ainda não está imunizado é procurar a vacina, que tem só uma dose. E quem tem alergia a algum componente deve evitar contato com áreas fechadas de mata”, contou a especialista. A imunização contra a febre amarela está disponibilizada em todos os 152 centros de saúde de Belo Horizonte.

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Segundo a pasta, até agora foram registrados dois casos da doença na cidade, com um óbito. “São casos procedentes de outras localidades.Em um deles a pessoa viajou para a região Leste de Minas e não havia se vacinado, assim como o segundo caso, que foi o de um senhor que se infectou em Goiás e não resistiu aos sintomas”. A febre amarela urbana, apesar de não ser registrada no país desde 1942, é transmitida pelo Aedes aegypti, cuja infestação aumenta no período chuvoso.

‘Não representam risco’

Outra recomendação reforçada pela dirigente é que os macacos não representam risco para a população, já que não transmitem a doença. “Pelo contrário, eles alertam a circulação dos vírus. As pessoas não devem agredí-los”, finalizou. Localizado ao lado do espaço interditado, o Parque da Serra do Curral permanece aberto.

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