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Tasso: não há partido da base do governo que tenha unanimidade sobre reforma

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil (Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag√™ncia Brasil)

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), avaliou nesta quarta-feira, 29, como «inoportuno» o pedido do presidente licenciado do partido, Aécio Neves (MG), pelo fechamento de questão sobre a reforma da Previdência. «Acho que hoje atrapalha Aécio falar sobre fechar questão. Dentro desse contexto de negociação não ajuda por várias razões. É inadequado», disse.

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Em conversa com jornalistas, o tucano afirmou que a linguagem da legenda é de «convencimento» e «negociação» pela mudança de alguns pontos da proposta, e não de «trocas» por cargos.

Tasso Jereissati afirmou que, pessoalmente, considera que a reforma previdenciária deveria ser aprovada com celeridade, mas alguns deputados não querem votar porque são contra o governo do presidente Michel Temer. «Hoje é difícil algum deputado querer ser liderado ou imposto, e talvez essa tenha sido a maior dificuldade de votar a reforma. Essas declarações podem até servir para ajudar a imagem de alguns, mas para votar não adianta», criticou.

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O senador disse que concorda com a fala do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), de que o PSDB não está mais na base do governo. «Essa sempre foi minha posição dentro do PSDB. Fora do governo, mas com apoio às reformas. Sempre foi o que eu e o que um grupo de parlamentares pregamos.»

Ele cobrou que os partidos da base aliada também fechem questão sobre a Previdência. «Não existe nenhum partido da base que tenha unanimidade sobre a reforma, ninguém fechou questão, e cobram de nós. Se for para aprovar reforma com celeridade, podemos até fechar questão, mas os outros vão ter que fechar também.»

Tasso Jereissati defendeu que o assunto deve ser discutido de forma «racional», com base em pontos considerados fundamentais para o PSDB.

Na terça-feira, o candidato à presidência do PSDB, governador Geraldo Alckmin (SP), confirmou que o governo vai desembarcar quando ele assumir o comando do partido. Para Jereissati, a posição de Alckmin «é o óbvio». «Esse é o sentimento do partido, só não é o sentimento de alguns», ponderou.

O tucano, que comandou o partido de forma interina por alguns meses, disse que Alckmin demonstrou estar «totalmente alinhado» com a sua visão de que o partido deve ser refundado. «Alckmin foi um dos que mais apoiou a minha candidatura (para presidência do PSDB). Não foi pelos meus belos olhos, foi pelas minhas ideias.»

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