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PF vê crime de Geddel em imóvel com R$ 51 mi

A PF (Polícia Federal) concluiu ontem a investigação sobre os R$ 51 milhões encontrados em setembro num apartamento em Salvador e atribuiu ao ex-ministro Geddel Vieira Lima e ao deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) os crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A conclusão foi enviada ao ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal) e envolve mais três pessoas: Marluce Vieira Lima, mãe de Lúcio e Geddel; Job Ribeiro Brandão, ex-assessor do deputado; e Gustavo Ferraz, ligado ao ex-ministro.

O relatório cita um possível sumiço no transporte de Salvador para Brasília de 2 das 9 malas apreendidas, mas a PF esclarece que elas estavam dentro de outras maiores, sem dinheiro.

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O inquérito é assinado pelo delegado Marlon Cajado e afirma que os acusados estiveram ‘em unidades de desígnios’ para cometer os crimes contabilizando dinheiro no apartamento da mãe dos políticos; ocultando os valores em malas num outro imóvel; usando de recurso de caixa dois de campanha; e desviando parte do salários do assessor parlamentar.

O esclarecimento sobre a origem do dinheiro, diz a PF,  foi dificultada porque Geddel ficou em silêncio e Lúcio não compareceu para depor.

Prisão revogada

Job Ribeiro Brandão teve a prisão domiciliar revogada por Fachin depois de ajudar nas investigações. Em depoimento à PF, ele afirmou que devolvia, em dinheiro vivo, 80% do salário a Lúcio e Geddel e contou que era responsável por contar o dinheiro guardado no closet  da mãe dos políticos. Além disso, o ex-assessor contou que cumpriu ordens para destruir anotações e documentos  picotados e jogados no vaso sanitário.

Homem das digitais

Gustavo Ferraz afirmou à PF se sentir ‘traído’ por Geddel e pediu ao STF que tenha a prisão domiciliar revogada. Ele afirmou, em depoimento, que buscou dinheiro em São Paulo que o ex-ministro dizia ser doações de campanha

As defesas de Geddel e Lúcio só vão se pronunciar após ter acesso à investigação.

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