A Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público Estadual, deflagrou ontem a Operação Marvel, contra acusados de integrar a maior milícia do Estado, conhecida como Liga da Justiça. Ao todo, 21 pessoas foram presas e 19 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O principal alvo da ação, Wellington da Silva Braga, o Didi, chefe da milícia, continua foragido.
As investigações apontam que a organização atuava em Campo Grande, Santa Cruz, Santíssimo, Paciência, chegando até os municípios de Itaguaí e Mangaratiba.
“Esse grupo continua se expandido cada vez mais, até porque não tem uma outra milícia capaz de fazer frente, e ela continua sendo a milícia mais poderosa do Rio”, disse o promotor Marcus Vinicius Leite, da Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Recomendados
Policiais erraram por não fazerem bafômetro em motorista de Porsche após acidente, diz sindicância
VÍDEO: Tiros disparados contra loja de conveniência acertam cabeça de menina de 10 anos, no Paraná
Condutor de Porsche estava a mais de 150 km/h quando colidiu e matou motorista de app, diz laudo
As investigações apontam que os integrantes são responsáveis por sequestros, homicídios, torturas e espancamentos. Segundo o MP-RJ, as vítimas seriam pessoas que teriam se recusado a se submeter às regras impostas pela quadrilha e ofereciam risco ao funcionamento do esquema, que envolvia o monopólio da venda ilegal de água, gás de cozinha, internet e TV a cabo.
Os milicianos também roubavam e receptavam carros roubados, coagiam moradores e comerciantes a pagarem por suposta proteção e extorquiam empresários.
Além disso, os milicianos usavam empresas de terraplanagem para lavar e dar certa legalidade ao dinheiro obtido com os crimes. A quadrilha movimentou pelo menos R$ 5 milhões com o esquema nos últimos anos.