Criado em 2004 como uma forma de ampliar a inclusão nos cursos de graduação da Unicamp, o PAAIS (Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social) vai sofrer modificação importante para o exame de 2019.
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O objetivo, segundo o professor José Neves, que é presidente da comissão do vestibular, é corrigir distorções graves que vinham se acentuando ao longo dos anos por conta do programa.
O PAAIS oferece hoje uma pontuação adicional de 120 pontos a candidatos que fizeram o ensino médio em escola pública – um benefício que segundo Neves, afetou de forma significativa o resultado final da seleção, especialmente para os cursos mais concorridos.
A comissão decidiu reduzir o bônus para um limite de 60 pontos e ampliar o benefício também para os alunos que fizeram ensino fundamental 2 em escola pública.
Para Alves, essa nova sistemática garante equilíbrio ao exame de seleção.
O presidente do Comvest lembrou ainda que a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) vai ser usada apenas parcialmente pela universidade. Será aplicada nos casos de alunos de escola pública e os auto-declarados pretos, pardos e indígenas. Cinco por cento dessas vagas serão reservadas a pretos, pardos e indígenas provenientes de escola privada.
Na terça-feira, a Unicamp aprovou a adoção de cota étnico-racial. Serão destinados 25% das vagas para autodeclarados pretos e pardos à essa população. A partir de 2021, o vestibular indígena será obrigatório.