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Para cortar custos, governo quer mudar Farmácia Popular

O Ministério da Saúde informou na segunda-feira que negocia  com o setor farmacêutico os valores pagos pela pasta por medicamentos para credenciadas no Farmácia Popular.   Para o setor, as mudanças propostas pelo governo inviabilizarão o programa.

Segundo o ministério, o objetivo do governo é aplicar os valores de mercado somado a uma margem de lucro de 40%. A pasta afirma que, em média, os valores pagos hoje por produtos de asma, hipertensão e diabetes estão 30% acima dos praticados pelo mercado. Um  caso citado pelo governo é o da insulina NPH,  que custa R$ 10 e  sai por R$ 27,50 no programa.

Em nota divulgada em outubro, a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) se posicionou contra as mudanças. “Este tipo de modificação, se implementada, inviabilizará o Programa Farmácia Popular”, afirma a entidade, citando dados de elevação de custos no setor.

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Segundo o ministério, a correção dos valores geraria uma economia de R$ 750 milhões. O custo do programa hoje é de R$ 2,6 bilhões. Recentemente, o governo fechou 400 unidades da rede própria de farmácias que mantinha no programa.

A pasta afirma ainda que a oferta dos medicamentos está mantida. “A decisão será tomada conjuntamente com o setor para a garantia da continuidade do Farmácia Popular em todo o país”, informa.

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