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São José dos Pinhais além das montadoras

Divulgação/Prefeitura SJP

São José dos Pinhais como um município relativamente pacato com 127 mil moradores, 26 anos depois o IBGE já estima uma população 2,4 vezes maior. De lá para cá a cidade cresceu, deixou Foz do Iguaçu e Guarapuava para trás e hoje é a 6ª maior do Estado, com 307 mil moradores.

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Boa parte deles, diz o prefeito Toninho Fenelon (PSC) foi atraída pelas promessas de bons empregos nas empresas de automobilísticas. “A fama das montadoras se espalhou e trouxe muita gente. Chegam até hoje”, conta.

Concentradas em São José dos Pinhais, as montadoras locais formam o 3º maior polo automotivo dos Brasil, atrás  de São Paulo e Minas Gerais. A riqueza produzida eleva a cidade da RMC ao posto de segundo maior PIB do Estado – com R$ 23,3 bilhões, atrás apenas da Capital (R$ 78,9 bi).
O prefeito admite, no entanto, que os últimos anos foram difíceis, já que todas as grandes (Renault, Volkswagen, Audi e Nissan) demitiram ou interromperam as contratações.
A pior fase já parece ter passado. Em agosto a Renault anunciou investimentos de R$ 750 milhões em uma nova fábrica de motores. “Ainda

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Até lá, o prefeito conta que o município está tendo que apertar os cintos com corte de cargos comissionados e funções gratificadas. No ano que vem o orçamento da saúde também será afetado: caiu de R$ 222 milhões para R$ 193 milhões.
Diversificação
Para não ficar a mercê da produção automobilística, a prefeitura busca estimular as pequenas empresas e o turismo. A cidade conta como atrações, o Caminho do Vinho e a Casa do Papai Noel – atrações que crescem ano a ano. “Em breve o caminho vai ser a Santa Felicidade da Região Metropolitana”, diz o prefeito. “Não podemos, se uma montadora for embora, deixar que a cidade vire um caos”, diz.

Estradas
O prefeito conta um dos pedidos mais frequentes dos moradores é por asfaltamento, já que a cidade contra com grandes áreas rurais. Uma nova ligação do Guatupê com a BR-277 está sendo construída.
Em parceira com o Estado, uma ligação com Fazenda Rio Grande está sendo asfaltada. “Vai ser uma alternativa à BR-116. Depois queremos por uma linha de ônibus entre os municípios”, diz Toninho.

 

Prefeito Toninho Fenelon fala sobre as contas e os projetos da cidade

O senhor assumiu a prefeitura em uma situação difícil?

Foi complicado. Nós perdemos muito com a situação econômica, enfrentamos uma queda na arrecadação. Até porque a nossa maior atividade econômica é o polo automotivo que está em dificuldade. Os repasses do ICMS que já foram de mais de R$ 400 milhões, caíram para R$ 375 milhões neste ano e a previsão é de que fiquem em só R$ 305 milhões no ano que vem. Agora está retomando aos poucos, com o investimento da nova fábrica de motores, mas esperamos que vai melhorar só daqui uns dois anos.

Quantas pessoas vêm, todo dia de São José à Curitiba? Há uma dependência dos serviços de saúde da capital?

É difícil ter um número exato, mas se ver na Avenida das Torres o fluxo que vai para Curitiba é bem parecido com o que vai para São José dos Pinhais. Têm muitos curitibanos estudando nas nossas faculdades, assim como trabalhando nas empresas daqui. Na saúde, São José atende gente de todas as cidades do entorno – na nossa maternidade vem pessoas de toda a região.

Após a retirada das torres da Avenida das Torres, qual seria o melhor uso para espeço vazio?

Ainda estamos conversando, mas a gente tem que trabalhar junto. Quem sabe fazer uma linha elétrica ou um veículo sobre trilhos que venha a melhorar o corredor entre as cidades e o sistema ferroviário. Ainda não tem nada definido, mas gostaríamos de um novo tipo de transporte. 

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