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Em carta a Temer, Bruno Araújo diz que não há mais apoio para prosseguir na Pasta

José Cruz/Agência Brasil

Um pouco antes de participar de cerimônia simbólica de entrega de cartão reforma no Planalto, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, teve uma conversa com o presidente Michel Temer e pediu a exoneração do cargo. Na carta entregue ao presidente, Bruno Araújo diz «não há mais apoio» para que ele siga no comando da Pasta e fala indiretamente da crise vivida no PSDB. «Agradeço a confiança do meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa», escreveu.

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A Pasta está sendo cobiçada por aliados da base insatisfeitos com o espaço no governo e que pedem a mudança administrativa em troca de aprovar projetos de interesse do governo como a reforma da previdência.

«Tenho a convicção, Sr. Presidente, que a serenidade da história vai reconhecer no seu Governo resultados profundamente positivos para a sociedade brasileira. Receba minha exoneração e meus agradecimentos», completa o deputado pernambucano que estava licenciado.

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Bruno diz que, em maio do ano passado, aceitou o convite «para ajudar o País no processo de transição que permitisse, nas palavras do ex-presidente Fernando Henrique, ‘repor em marcha o governo federal’ e preparar o País para o seu próximo líder a ser eleito daqui a alguns meses».

Bruno Araújo, que discursou no evento no Planalto, afirmou que sob seu comando o Ministério das Cidades avançou em governança. «Recuperamos o Minha Casa, Minha Vida e a credibilidade nos compromissos financeiros. Implantamos duas ações que vão deixar marcas relevantes no desenvolvimento social do País: o Cartão Reforma e a Nova Legislação de Regularização Fundiária», escreveu. «Preciso agradecer o apoio de toda nossa competente equipe nessas realizações, e de modo especial a sua confiança, que de trato sempre fidalgo e republicano, permanentemente nos deu autonomia em busca da melhor entrega possível a população brasileira», completa.

O agora ex-ministro afirmou que há ainda muito o que se fazer. «O País responde rapidamente ao comando da boa gestão, testemunhei isso. É hora das prioridades serem mais da sociedade e menos das corporações. É fundamental coragem de todos para os enfrentamentos que protejam as necessidades dos que não conseguem faltar ao trabalho para vir a Brasília clamar por melhores serviços públicos.»

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