O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), pré-candidato à Presidência, criticou nesta quinta-feira, 9, o posicionamento de dirigentes petistas que defendem alianças com partidos que apoiaram o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff.
Para Ciro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o «culpado» pela ascensão do PMDB ao Palácio do Planalto. «O Lula é o grande responsável por ter feito esse tipo de aliança que botou Michel Temer na Vice-Presidência e na linha de sucessão. É o grande responsável por ter ‘empoderado’ o (deputado cassado) Eduardo Cunha (PMDB).»
Em Belo Horizonte para participar de palestras, Ciro se encontrou com o prefeito da capital, Alexandre Kalil (PHS). Ex-ministro da Integração Nacional durante o primeiro mandato de Lula, Ciro disse ainda que o grupo político do ex-presidente «anda confraternizando com essa gente».
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«O PT votou no Eunício (Oliveira) para a presidência do Senado. Como é que a gente diz para o povo que houve ‘golpe’ e, ato contínuo, pratica a contradição de confraternizar com o chefe dos ‘golpistas’? O presidente do Senado que praticou o golpe era o Renan Calheiros (PMDB-AL). Não é possível que quem tenha essa fidelidade ao povo doure a pílula. É por que vai ser candidato? Romero Jucá (PMDB-RR) vai ser líder de novo? Meirelles, ministro da Fazenda? Comigo não, violão», afirmou o ex-ministro.
Sobre possíveis alianças para a disputa pela Presidência, Ciro afirmou que «não confraterniza com golpista». Porém, disse que o momento agora é «como treino livre de Fórmula 1». «Tá todo mundo correndo sozinho na pista, conhecendo o circuito. O grid, ou seja, os tempos, só em março», disse.