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Levado ao MP, prefeito de Paulínia se cala

O prefeito de Paulínia, Dixon Carvalho (PP); a primeira-dama, Tatiana Castro, o genro dele, Kevin Bebber, além de dois secretários municipais e dois vereadores da cidade foram levados para depor coercitivamente, ontem como parte de uma operação do Gaeco – o braço do Ministério Público que investiga o crime organizado – que apura suspeita de fraudes em contratos de lixo.

Foram levados ao Gaeco, o secretário de Obras, Valdir Terrazan – que já foi vereador em Campinas – e o secretário de Gabinete, Reginaldo Vieira,

Na mesma operação foram presos os empresários Carlos Henrique de Oliveira e Diego da Silva, ambos de Paulínia e ligados à empresa Filadelfia Locação e Construção – a responsável pelo sistema de coleta de lixo na cidade.

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Batizada de Purgamentum, a operação foi deflagrada ainda na madrugada, quando um efetivo de 106 policiais e 28 viaturas partiu para o cumprimento  de 11 mandados de busca e apreensão.

Em Paulínia, foram feitas buscas na prefeitura e na Câmara Municipal. Na prefeitura os policiais militares percorreram secretarias; juntaram documentos e apreenderam computadores. Uma quantia aproximada de R$ 200 mil em espécie também foi apreendida.

Dixon permaneceu na sede da promotoria por mais de 3 horas, mas ficou em silêncio durante o depoimento. Ele saiu do prédio sem falar com a imprensa. Antes, no entanto, chegou a respondeu rapidamente a perguntas de jornalistas. “Falar todo mundo fala. Quero ver provar”, disse ele,  demonstrando irritação.  Terrazan, que depôs por de 4 horas, disse apenas que estava “impedido de falar”. 

O promotor do Gaeco, Jurandir Moura Torres Neto disse que não poderia dar detalhes da operação, já que o processo foi iniciado em Minas Gerais. Disse, no entanto, que a suspeita é que a Filadélfia participe de um esquema de fraudes em licitações.

O Gaeco suspeita que a  Filadélfia usa empresas de fachada, que têm a função exclusiva de participar de licitações viciadas.

A operação teve objetivo de recolher documentação sobre  os processos licitatórios que possam servir de prova eventuais ilícitos.  

Sumaré diz que não há agentes envolvidos

Por meio de nota, a Prefeitura de Sumaré disse ontem que ação teve início em outra cidade, mas por se tratar de uma operação sigilosa não estava autorizada a fornecer informações. Garantiu, porém que não há servidor da Administração envolvido.

A Câmara de Paulínia informou que apesar de não ser alvo da operação do Gaeco, está prestando todas as informações pedidas pelas instâncias judiciais.

O Metro Jornal também entrou em contato com a Filadélfia, mas até o fechamento da edição, a empresa não havia respondido ao pedido de entrevista.   

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