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Operação realizada em sete comarcas de MG resultou na prisão de 12 servidores do Judiciário

Uma operação realizada na manhã de ontem resultou na prisão de 12 oficiais de Justiça do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) que estariam usando o cargo para lucrar com o cumprimento de mandados judiciais. Os suspeitos agiam em conjunto e isoladamente, segundo as investigações.

Coordenado pela Corregedoria-Geral de Justiça, o processo de apuração contou com a parceria do Ministério Público do Estado de Minas Gerais e da Polícia Civil. Durante todo o dia foram cumpridos 12 mandados de prisão temporária e cinco de afastamento cautelar da função pública nas comarcas de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Lagoa Santa, Santa Luzia e Esmeraldas, na Grande BH; e em Conselheiro Lafaiete, na região Central do Estado. Além disso, também foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva – quando os suspeitos são levados para depor. O TJMG não informou o local para onde os presos na operação foram levados.

Segundo a Corregedoria-Geral, as investigações duraram meses e foram iniciadas a partir de denúncias e reclamações sobre possíveis irregularidades no cumprimento de mandados judiciais.

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Sem identificação

Conforme o Tribunal, além dos oficiais, também estão envolvidos advogados, integrantes das polícias Civil e Militar e localizadores de veículos ligados a bancos. Eles são suspeitos de cometerem crimes de corrupção ativa e passiva, concussão e organização criminosa.

Na maioria dos casos, segundo as investigações, os oficiais de Justiça cobravam para acelerar ou retardar o cumprimento de mandados. Nenhum dos envolvidos teve o nome revelado. A partir dos depoimentos que estão sendo prestados às autoridades, a Corregedoria-Geral de Justiça informou que novos mandados podem ser expedidos nos próximos dias.

Em nota, o Sindojus-MG (Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Minas Gerais) disse que tomou conhecimento da operação e que espera “o permanente compromisso com a Justiça, sobretudo para que as investigações observem as garantias do devido processo legal, ampla defesa e contraditório, razão pela qual acompanhará os desdobramentos da mencionada operação”.

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