O presidente Michel Temer oficializou nesta quarta-feira a troca do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, pelo delegado Fernando Segóvia, ex-superintendente da PF no Maranhão.
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O Ministério da Justiça confirmou em nota a troca do diretor-geral, notícia antecipada pela Reuters com informações de duas fontes com conhecimento do assunto.
“O Ministério da Justiça comunica que o senhor presidente da República escolheu nomear o delegado Fernando Segóvia como novo diretor-geral do Departamento de Polícia Federal”, diz o texto, em que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, ainda agradece o trabalho de Daiello.
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Segóvia, que era adido da PF na África do Sul até poucos meses atrás, estava sem cargo no momento. O delegado, que tem um bom relacionamento pessoal com Daiello mas não era do grupo mais próximo ao atual diretor-geral, dedicou os meses de sua volta ao Brasil para trabalhar pela indicação, inclusive com relações políticas.
Ex-superintendente no Maranhão, Segóvia desenvolveu um bom relacionamento com o grupo peemedebista do ex-presidente José Sarney, contou à Reuters uma fonte que acompanhou a movimentação do delegado.
A troca de comando na PF estava sendo negociada desde o início do governo Temer, mas se intensificou quando Torquato assumiu o ministério. Já de início o ministro deu a entender que a mudança seria feita.
O nome preferido de Daiello –e também de Torquato– era do número 2 do atual diretor-geral, Rogério Galloro. Segóvia, no entanto, também era um dos nomes que corria nos corredores da PF.
Há cerca de dois meses, o ministro chegou a anunciar que Daiello ficaria no cargo. No entanto, a pressão pela troca cresceu nas últimas semanas.
De acordo com uma fonte, Daiello –que não está em Brasília– foi pego de surpresa pelo anúncio.
Mais longevo diretor-geral da PF, Daiello foi beneficiado pelo temor dos governos, tanto de Dilma quanto, inicialmente, de Temer, de parecer que estariam tentando interferir nas investigações tocadas pela corporação, especialmente a operação Lava Jato.
Daiello era visto externamente como um fiador da operação, apesar de, dentro da própria PF, não ser tratado desta maneira e ter sua liderança bastante questionada.
Segóvia foi apresentado formalmente nesta quarta a Temer, acompanhado de Torquato. Logo após o rápido encontro, o Ministério da Justiça divulgou a nota oficializando a mudança.