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São Paulo terá pontos de coleta para dar destinação correta a eletroeletrônicos

A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, por meio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), assinaram nesta segunda-feira (16), um termo de compromisso para logística reversa de produtos eletroeletrônicos de uso doméstico.

O compromisso tem validade de quatro anos e permitirá que as empresas e lojas recebam equipamentos eletrônicos (aparelhos de telefone, celulares, videogames, acessórios eletrônicos, câmeras de foto e vídeo, impressoras, desktops, laptops, tablets, notepads e similares) dos consumidores para dar destinação correta a esses objetos. Serão instaladas na cidade de São Paulo 16 urnas para recolhimento dos resíduos. Uma delas ficará disponível na sede da Cetesb.

Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, a iniciativa privada teve que se organizar bastante para poder chegar até a assinatura. Uma das iniciativas da Abinee foi a criação da Green-eletron, entidade para cuidar da operação da indústria do setor eletroeletrônico.

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«Essa iniciativa reforça o compromisso do setor industrial nesse tema. O termo prevê a instalação de pontos de recebimento em locais de fácil acesso e visualização. Esse é um dos primeiros passos que estamos dando em direção a um ambiente mais sustentável que é o que todos esperamos», disse Barbato.

O diretor de Sustentabilidade da Abinee, João Carlos Redondo, explicou que o estado de São Paulo é o primeiro onde existe um convênio firmado entre uma entidade pública e o setor privado: «esperamos que essa ação sirva de modelo para outros estados. A Política Nacional de Resíduos Sólidos gerou um marco legal para o setor, mas os estados têm regulamentado a política de forma muito diferente, o que dificulta a ação do setor privado. São Paulo deu um passo na direção de simplificar».

João Carlos Redondo lembra que muitas pessoas ainda não se conscientizaram de que há maneiras corretas para o descarte desse material e que, para chamar a atenção para isso, será feita um ação coletiva de comunicação por meio da imprensa e mídias sociais. «A parceria com a Fecomercio vai nos dar capacidade de chegar ao consumidor, no ato da compra, sobre como descartar o produto velho. É uma forma de educar o consumidor porque se ele não se engajar nesse sistema, dificilmente vai dar certo».

Segundo a Abinee, atualmente se recolhe menos de 2% do material usado. Com o descarte adequado é possível gerar um economia de 70% de energia e de mais de 65% de emissão de carbono. «Há um redução de impacto ambiental significativo nesse processo», disse.

O presidente da Cetesb, Carlos Roberto Santos, ressaltou que a assinatura do termo mostra relação de confiança entre o órgão publico e o setor privado. «Vejo com clareza hoje que não existe mais um muro entre as duas entidades. A conversa entre as duas partes está sendo amigável e responsável. Também vejo aqui a aplicação dos conceitos das normas ambientais especialmente da ISO 14.031 que versa sobre o ciclo de vida do produto, que se encaixa na logística reversa e sua aplicação».

O presidente de Sustentabilidade da FecomercioSP, José Goldenberg, observou que com a lei de logística reversa o setor de comércio ficou diante de uma encruzilhada porque todos os produtos passam pelos estabelecimentos comerciais e pela lei vão acabar passando novamente quando são descartados. «Acho perfeitamente normal que se aproveite os materiais e a extensão disso para outras áreas e os eletroeletrônicos que envolvem equipamentos mais volumosos. É uma grande satisfação assinar esse convênio».

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