Um projeto de lei que proíbe a oferta de alimentos embutidos nas escolas e creches públicas do município de São Paulo foi aprovado pela Câmara e seguiu para sanção do prefeito João Doria nesta quarta-feira (4).
De autoria do vereador Gilberto Natalini (PV), o PL 587/2015 quer retirar do cardápio das crianças e adolescentes alimentos como salsichas, linguiças, salames, mortadelas e chouriços, sejam eles defumados ou não.
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«A ideia é proteger a saúde dos alunos e para isso a alimentação precisa ser mais saudável», explica o vereador Natalini.
Segundo ele, os efeitos do consumo excessivo de embutidos podem causar obesidade, diminuir a expectativa de vida, aumentar a incidência de doenças coronárias e diabetes. Tudo isso devido ao alto teor calórico e da presença de substâncias tóxicas, do tipo cancerígenas, como o nitrito e nitrato.
O projeto chega após um outro PL de Natalini que prevê a inclusão de alimentos orgânicos na merenda escolar. «Essa lei começou a ser implementada e ainda está caminhando», diz.
Multa
Em caso de descumprimento da lei, primeiro haverá uma advertência e, em seguida, será cobrada uma multa de R$500. Se houver reincidência, haverá cassação da licença quando as empresas que prestarem serviços forem terceirizadas.
«A multa vai caber a quem infringir a lei, sejam as próprias escolas ou empresas terceirizadas», diz. O projeto também prevê a apreensão do material pela Vigilância Sanitária.
Segundo Natalini, caso o projeto seja sancionado, os alimentos que entrarão como substitutos dos embutidos serão escolhidos pelo serviço de nutrição da Secretaria de Educação.
Algo semelhante já é feito nas escolas e creches do município de Atibaia, interior de São Paulo, que proíbe o uso de embutidos na alimentação escolar desde 2016.
Se sancionado por Doria, o PL entra em vigor após 60 dias.