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Livro terá relatos de usuários de ônibus de Porto Alegre

Um projeto que reúne relatos de usuários do transporte público de Porto Alegre deve se transformar no livro “405 Contos de Terror”, com o objetivo de levar os problemas nos ônibus para os vereadores, o prefeito Nelson Marchezan Jr. e a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação).

De forma bem-humorada, mas crítica, o projeto «405 Contos de Terror», de autoria, entre outros, do coletivo Minha Porto Alegre, questiona o valor da passagem nos ônibus da capital e o próprio serviço de transporte. Os relatos dos usuários são enviados por meio da página transporte. minhaportoalegre.org.br, que até ontem informava ter recebido 96 histórias.

Carolina Soares, cofundadora do Minha Porto Alegre, revela o que será feito com o material coletado. “A gente vai imprimir 40 livros para entregar aos vereadores, ao prefeito e ao diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti. Por isso, estamos fazendo uma campanha de arrecadação no site Catarse para arrecadar R$ 1 mil e para que seja o livro de cabeceira deles.”

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Ela destaca qual a motivação para a proposta e, ainda, algumas das histórias recebidas. “A maioria das pessoas que decide sobre os nossos ônibus aqui de Porto Alegre não anda de ônibus e trata disso com números, por exemplo, 51 mil pessoas utilizam a segunda passagem gratuita por dia… A gente quer fazer o ‘405 Contos de Terror’ para mostrar que o transporte, hoje, não vale a facada diária de R$ 4,05 e que a gente precisa humanizar isso, mostrar que existe gente sendo assaltada, estuprada, assediada, que o ônibus não vem, que os ônibus estão quebrados, que tem infestação de barata dentro do veículo, que as pessoas chegam a ficar 1h20 na parada…”, afirma.

Para quem quiser contribuir com a impressão de livros com as histórias, basta acessar o site catarse.me/405contosdeterror

Prejuízos
As companhias de ônibus da capital dizem que trabalham no prejuízo. Dois consórcios entraram com ação contra a prefeitura devido a perdas, dizendo que há descumprimento da licitação porque o município deveria manter o equilíbrio financeiro do sistema.

 

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