Foco

UFABC cria cota para refugiados

Vanguardista na adoção de cotas no país, a UFABC (Universidade Federal do ABC) passará a reservar vagas também para refugiados e solicitantes de refúgio. A medida foi aprovada pelo Conselho Universitário por unanimidade e publicada no fim de julho. Ela vale para os estudantes que ingressarão no próximo ano.

Serão ao todo 12 vagas distribuídas entre os bacharelados em ciência e tecnologia e em ciências humanas nos campi de Santo André e São Bernardo. Metade delas se destinará aos refugiados que estejam em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com renda familiar per capita inferior a um salário mínimo e meio (R$ 1.405,50).

A reserva não se aplica aos imigrantes comuns. Para ter direito ao benefício, será preciso apresentar no momento da inscrição documentação emitida pelo Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) que assegure a situação ou protocolo de solicitação de refúgio, além  do comprovante de conclusão do ensino médio ou de formação equivalente.

Recomendados

Os concorrentes também terão de realizar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e posteriormente se inscrever no Sisu (Sistema de Seleção Unificado), assim como os demais estudantes interessados em vagas na instituição.

A UFABC diz que a adoção das cotas para refugiados faz parte da política de acolhimento recomendada pela ONU (Organização das Nações Unidas). A medida ganhou destaque no site da organização no Brasil neste mês. A universidade é uma das integrantes da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, promovida pela Agência da ONU para Refugiados no país.

“Ao criar condições para receber refugiados com as qualificações apropriadas na universidade, a UFABC reafirma que direitos humanos, educação e ciência são valores universais da humanidade”, disse o reitor Klaus Capelle no site da universidade.

A UFABC reserva vagas desde sua criação, em 2006, para estudantes da rede pública, negros e indígenas.  A medida foi regulamentada em 2012 para todas as federais pelo Ministério da Educação. Em 2014, a UFABC passou a ter cotas também para pessoas com deficiência.

A reserva para refugiados já é adotada por outras universidade no país, como  a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria).

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos