Pela terceira vez no ano, a previsão de entrega das estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin, da linha 5-Lilás, é refeita. Prometidas em fevereiro pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para o mês de julho, elas foram postergadas para agosto e, agora, setembro.
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A promessa de agosto parecia tão firme que a data chegou a ser estampada na capa da edição do Diário Oficial do Estado de 19 de julho, que mostrava a arquitetura moderna das instalações, com cúpulas de vidro e aproveitamento de luz natural, além de relatar o uso de dois “tatuzões” simultaneamente na construção dos túneis.
A primeira previsão era entregar a linha em 2014. Porém, na licitação para suas obras houve suspeita de conluio e o processo foi paralisado. Depois, ela foi para 2015. Em junho do ano passado, a estação Adolfo Pinheiro entrou em atividade – a primeira do prolongamento da linha, que desde 2011 atuava entre Capão Redondo e Largo 13.
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“Antes tínhamos adiamentos de anos, agora de meses, pelo menos”, comentou Sérgio Ejzenberg, especialista em transportes. “Vamos dar um voto de confiança e ver se realmente cumprem esse prazo”, afirmou.
Para Ejzenberg, porém, o histórico geral das obras do Metrô é muito frustrante. “São 40 anos construindo metrô e uma linha de 80 km. Então, temos uma média de 2 km por ano. É muito pouco para atender a necessidade da cidade.”
Companhia atribui a ‘intercorrência’
A Secretaria de Transportes Metropolitanos disse em nota que obras dessa magnitude estão sujeitas a “intercorrências”. Na linha 5, mencionou a necessidade de substituir adutora na estação Adolfo Pinheiro, reforço na estrutura da igreja Nossa Senhora Aparecida, de Moema, e preservar peças de interesse histórico encontradas na escavação da linha.