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Campanha para memorial da boate Kiss será lançada nesta segunda-feira

O primeiro passo para a materialização da memória às vítimas da boate Kiss será dado na próxima segunda-feira (21). Em ato realizado no centro de Santa Maria, será lançada uma vaquinha que reunirá fundos para o projeto de um memorial a ser construído no local onde antes ficava a boate. A meta máxima para o valor arrecadado é R$ 500 mil.

A iniciativa é da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, em parceria com o IAB-RS (seção gaúcha do Instituto de Arquitetos do Brasil) e a prefeitura local.

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As pessoas físicas ou jurídicas que quiserem contribuir com o financiamento coletivo deverão acessar o site www.juntos.com.vc/pt/memorialkiss. A vaquinha será realizada para a execução de um concurso público que irá selecionar o projeto do futuro memorial.

“Acreditamos que teremos um processo técnico transparente e agregador que garante a alta qualidade do resultado final”, avalia o arquiteto Tiago Holzmann da Silva, coordenador do concurso. O valor arrecadado servirá tanto para a realização do concurso público quanto para o pagamento dos honorários dos vencedores.

Os recursos para a obra, porém, não virão do financiamento coletivo, adianta o presidente do IAB, Rafael Passos. “A prefeitura se comprometeu a buscar financiamentos privados, já que não pode contribuir com recursos”, explica.

O prédio onde ficava a Kiss foi desapropriado no mês passado pelo município. A construção será demolida pela prefeitura e o terreno, entregue para a associação em janeiro de 2018, quando também será lançada a pedra fundamental do memorial.

A Prefeitura de Santa Maria quer entregar na data prevista o terreno. “Já cumprimos a primeira etapa, que foi a desapropriação do prédio. Nosso segundo compromisso é estar, em 27 de janeiro de 2018, com o prédio demolido para que possamos lançar a pedra fundamental”, garante o prefeito Jorge Pozzobom.

Espaço de vida
O presidente da associação, Sérgio da Silva, projeta como deve ser o futuro memorial. “Acredito que aquele espaço tem que ser diferenciado. Além de memorizar, ele tem que ser um espaço de vida, um centro de referência ou que atenda adolescentes de alguma forma”, diz. “Esperamos que a sociedade demonstre empatia com a nossa causa”, completa Silva.

Em janeiro, a tragédia que matou 242 pessoas completou quatro anos sem perspectiva de condenação. Os réus aguardam em liberdade o julgamento.

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