A falta de professores jogou a Rede Municipal de Ensino de Campinas em uma das mais graves crises dos últimos anos, segundo denúncia feita por mães de alunos e especialistas ouvidos pelo Metro Jornal.
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O Metro apurou que são cada vez mais frequentes, os casos em que aulas são suspensas e os alunos dispensados, porque não há professores. Também são comuns, os casos em que duas turmas são reunidas numa só. Isso se dá, segundo as denúncias, porque não há reposição das vagas abertas com aposentadorias, licenças ou mesmo por faltas eventuais.
Os professores adjuntos – que deveriam ser usados para cobrir essas faltas – já estão trabalhando em horário integral, em classes regulares, segundo as denúncias.
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“Todo santo dia tem falta de professor. E em muitas escolas”, diz a presidente do Conselho de Escolas, Maria Luiza Oliveira. “Eu mesma já vi professor dando aula para três turmas simultaneamente”, revela. “Os nossos professores têm de matar um leão por dia”, avalia.
Uma funcionária da rede que não quis ser identificada contou ao Metro que os problemas ficam ainda mais graves para os alunos do 6º ao 9º ano.
“Todo dia de manhã, a gente se reúne pra decidir qual sala vai ser a mais prejudicada. Isso porque a gente sabe que haverá falta de professor”, diz a servidora. “Na semana passada, mesmo, dispensamos alunos quase todos os dias”, disse a servidora. Ela conta que também são frequentes os casos em que professores ministram disciplinam para as quais não foram contratados.“Já tivemos professor de Português dando Educação Física, ou o de Geografia ensinando Matemática”, disse. “O absurdo é que temos um concurso em vigor, mas ninguém é chamado”, diz ela.
O veredor Gustavo Petta (PCdoB) identificou aos menos 10 escolas em que a falta de professores se transformou em rotina. Cita como exemplos as EMEFs, Maria Pavanatti, Anália Couto, Corrêa de Melo, André Giselli, Padre Silva, Nísia Floresta, Raul Pila, Floriano Peixoto, Odila Maia e Humberto Souza Melo.