Começaram a chegar neste mês as primeiras contas de água da Sanepar feitas sob um novo cálculo tarifário, com um aumento médio de 8,53% sobre o consumo. A empresa decidiu criar diversas faixas com reajustes diferentes, e ainda cortou pela metade o consumo mínimo de água. Antes, para pagar a tarifa mínima, poderiam ser consumidos até 10 m³, volume que caiu agora para apenas 5 m³.
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As medidas estão gerando críticas dos consumidores. “No fim, quem gasta só 5m³ acaba pagando mais por cada litro. Já os que consomem mais estão pagando ainda mais”, diz Paulo Otoni da Fonseca, de Curitiba. Ele recebeu uma conta de R$ 175 em julho.
Segundo a projeção da Nota Técnica Final 01/2017, da Agepar (Agência Reguladora do Paraná), que autorizou os aumentos, a faixa de consumidores que pagam a tarifa mínima ganhou um pequeno desconto de 2,5% – o preço, que era de R$ 33,74, caiu para R$ 32,90.
Já as residências que consomem entre seis e dez metros cúbicos sofreram um aumento médio de 7,31% – abaixo portanto dos 8,53% aplicados em média. Segundo a Sanepar, a linha de corte entre os que foram beneficiados ou prejudicados é o consumo de 9m³. Os que gastam menos que isso tiveram aumentos abaixo da média aplicada aos restantes. Este grupo representa 44% da população.
Por outro lado, quem gasta mais água sofre aumentos maiores. Segundo a projeção da nota técnica Agepar, residências com consumo acima dos 10m³ terão reajustes entre 12,33% e 12,73%.
Procon
No Procon os questionamentos de consumidores e deputados levaram o órgão a solicitar informações técnicas e jurídicas à Sanepar, que foi notificada na segunda-feira.
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Consumo
Segundo a Sanepar, cada curitibano gasta em média 4,6 m³ de água por mês, ou 154 litros de água por dia – chegando quase ao limite da tarifa mínima. Um apartamento pequeno, com menos de 50 m2, gasta 8,5 m³ de por mês – ficando acima portanto da nova faixa da tarifa mínima.
