Áreas pacificadas do Rio de Janeiro são as que mais têm tiroteios

Desde o início do ano, foram registrados 2.761 tiroteios no Estado – uma média de 15 por dia. Por causa da frequência dos confrontos, foi criada na internet uma plataforma aberta para monitorar os locais onde há tiroteios. Um levantamento feito pela rádio BandNews FM, com base nestes dados, mostrou que as favelas onde mais há confrontos têm UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

Ontem, a manhã começou ao som de tiros em várias comunidades. Em uma operação no complexo da Pedreira, na zona norte, um homem morreu ao atacar policiais. Quatro pessoas foram presas e um menor foi apreendido. Outro tiroteio aconteceu na zona sul, por volta das 9h, na região dos morros do Pavão/ Pavãozinho e Cantagalo, entre os bairros de Copacabana e Ipanema. Por causa de confrontos, 7,5 mil crianças ficaram sem aulas na cidade.

Caso Maria Eduarda

Recomendados

Sem empréstimo, sem enterro! Tio Paulo ainda não foi enterrado porque família alega não ter dinheiro

“Tio Paulo” era um homem simples, sem mulher ou filhos, dizem vizinhos. “Gosta de um biricutico”

Caso do acidente com Porsche em SP: delegado é afastado do caso após críticas sobre investigação

As investigações da Divisão de Homicídios (DH) concluíram que o cabo Fábio de Barros Dias foi o culpado pela morte de Maria Eduarda da Conceição, 13 anos, durante incursão policial em uma comunidade em Acari, na zona norte. No mesmo dia em que ela foi morta, foram divulgadas na internet imagens do cabo e do sargento David Gomes Centeno em frente à escola municipal Daniel Pizza, atirando contra dois homens que já estavam feridos no chão.

“Foi uma operação planejada, então estava na esfera de conhecimento de todos os agentes que participaram dela o fato de existir uma escola em pleno horário de funcionamento e o fato de ter pessoas que nada teriam a ver com a atividade criminosa”, disse o delegado Brenno Carnevale, da DH.

Fábio foi indiciado por homicídio com dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de cometer o crime, e pode pegar de seis a 20 anos de prisão. Já o sargento que estava com ele quando Maria Eduarda foi morta foi inocentado. O Ministério Público deve decidir se denuncia ou não o caso à Justiça e se fará novo pedido de prisão do cabo Fábio de Barros.  band