Foco

Insegurança incomoda moradores de Campinas

Um problema que se arrasta há tempos e que não é tão simples assim de ser resolvido continua incomodando o campineiro: a insegurança, provocada pelo consumo de drogas em áreas públicas e também pelo medo de passar em locais pouco iluminados na cidade. Entre os problemas mais recentes, estão os pontos de semáforos. Mesmo nas principais avenidas, a preocupação em ser assaltado é frequente. 

ANÚNCIO

O Metro Jornal mapeou algumas áreas da cidade e foi atrás de autoridades, para saber sobre a solução do problema. As dificuldades passam por vários setores, desde a vontade própria dos consumidores de drogas em serem ajudados, até mesmo à barreira de ação da Guarda Municipal nos semáforos, limitada à lei, já que não é possível nenhum impedimento.

Veja abaixo alguns pontos de maior problema na cidade, depoimentos e quais as dificuldades para que o problema seja resolvido em Campinas.

Recomendados

 

Ações integradas são a aposta

A Prefeitura de Campinas informou que acompanha os assuntos de forma integrada, aliando as secretarias de Assistência Social e Segurança Alimentar, Saúde, Direitos da Pessoa com Deficiência e Cidadania e Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, cada uma responsável por uma face de combate.

No caso da Assistência Social, é feita a triagem de pontos onde há maior consumo de drogas e também de moradores de rua, para que se faça o atendimento e que se oriente essas pessoas.

A Guarda Municipal tenta combater o consumo de drogas por meio do combate à venda do produto, que é ilícita. Em caso de flagrante, é feita a autuação. No caso da praça Felipe Sehli, próxima ao Viaduto Cury, foi colocada uma base móvel entre 7h30 e 21h durante a semana e aos sábados até o período da tarde.

As câmeras da Cimcamp ajudam a mapear também esses pontos para que se faça ações preventivas nas áreas onde se detecte algo ilegal.

As pessoas flagradas consumindo entorpecentes são direcionadas a uma rede de serviços sociais e de saúde, onde são atendidos.

As equipes que promovem atividades itinerantes na prevenção do uso de drogas e álcool já estiveram neste ano no Terminal Central, na Rodoviária de Campinas e na Praça José Bonifácio (Catedral) e no Terminal Campo Grande.

“Temos que saber como tratar cada caso. Por isso temos que agir de forma integrada. Um não pode entregar um cobertor e outro tirar”, comenta o secretário de Segurança, Luiz Augusto Baggio.

Problema de longo tempo

O vereador Nelson Hossri (Podemos), que trabalha na causa contra as drogas, lembra que a condição vem de longa data e acredita que precisa haver uma política integrada e que “fale a mesma língua”.  “É preciso que a Saúde e a Assistência Social trabalhem juntas, com o respaldo da Guarda Municipal. Se não for tratada de forma correta, vai respingar na segurança, porque essas pessoas vão roubar para alimentar o vício”, comenta. Segundo ele, muitas vezes uma parte deixa o trabalho para outra e, no final, acaba sendo inofensivo.

Segundo Hossri, a população também precisa fazer a sua parte, por isso, seria importante uma campanha maior de conscientização. “É importante que as pessoas não deem esmola, mas cidadania. Como você vai convencer o dependente de deixar a rua se ele é financiado. Muitas vezes o cidadão acha que dando uma moeda vai contribuir, mas atrapalha na tentativa de tirá-lo da rua”, completa.

Tags

Últimas Notícias