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Uber é contra limitar placas em Curitiba, mas aceita taxa

Mês passado motoristas cobraram regulamentação em Curitiba. Há mais de 50 mil no Brasil | Rodrigo Fonseca / CMC

Lançada em março do ano passado em Curitiba, a Uber ainda opera sem regulamentação na cidade. Apesar de considerar sua atividade legalizada em todo o Brasil, por uma lei federal de 2012, a empresa aceita regulações municipais e destaca que diversos municípios já criaram regras positivas para possibilitar o uso do aplicativo.

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No evento “O Futuro das Cidades”, que vem sendo promovido pela Uber em São Paulo, o porta-voz da empresa no país, Fabio Sabba, citou como  exemplos positivos de legislação São José dos Campos-SP e São Paulo, capital.

A Uber considera que, se os municípios quiserem aplicar taxas relativas ao uso da infraestrutura urbana, a melhor forma é cobrar sobre o valor das corridas. “Em São Paulo fica em torno do R$0,10 por quilômetro”, cita Sabba. 

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Em Vitória, em outra legislação considerada boa,  a cobrança é de 1% sobre valor total das viagens realizadas.

Já o principal obstáculo das legislações são as tentativas de limitação do número placas para aplicativos – ideia que também já foi discutida em Curitiba. “Isso entra dentro de uma lógica de táxis, em que se restringe a oferta para os passageiros”, cita.

A empresa não divulga o número de motoristas parceiros em cada cidade – apenas que eram 50 mil no país em setembro do ano passado.

A Uber também diz que ainda não limita, por si, o cadastro de novos motoristas – o que serviria para controlar a oferta e manter o lucro dos motoristas em atividade.

A empresa aposta no aumento da base de clientes  em um cenário futuro em que os jovens, com oferta de transporte barato e eficiente, queiram cada vez menos comprar carros. “A concorrência não é sobre táxis, é contra o carro próprio. Estamos trazendo mais gente que não usava transporte individual”, diz. 

Curitiba

No ano passado um grupo de vereadores propôs uma lei  baseada nas regras de São Paulo para Curitiba. O projeto não foi para frente e a regulação está parada sob a nova gestão da prefeitura.

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