Familiares de vítimas da imprudência no trânsito contestam a posse de um vereador em Embu das Artes, em São Paulo.
Em 2011, o estudante Felipe Arenzon saiu de uma casa noturna na capital dirigindo um Camaro vermelho. Ele provocou uma série de acidentes por onde passou e, em uma das batidas, o motorista de uma perua morreu.
Segundo a polícia, Felipe estava bêbado e dirigia o carro em alta velocidade. Em 2012, a Justiça decidiu mandá-lo a júri popular por assassinato e três tentativas de homicídio, mas o julgamento ainda não aconteceu.
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Acontece que, na última eleição, Felipe Arenzon virou suplente de vereador em Embu das Artes com o codinome Felipe do Rancho, pelo PMDB. No começo deste mês, ele tomou posse após dois vereadores se licenciarem.
No primeiro discurso na Câmara, Felipe disse que estava assumindo a «missão mais importante» da vida dele.
Juliana dos Santos, a enteada do homem que morreu em uma das batidas, se diz indignada. De acordo com a advogada Maíra Calidone, nesta semana o movimento ‘Não Foi Acidente’ deve protocolar um pedido de afastamento do vereador.
Em nota, o presidente da Câmara de Embu das Artes, Hugo Prado (PSB), afirma que cumpriu a lei eleitoral. Ele diz ainda que Felipe do Rancho estava apto a tomar posse ao ter plenos direitos políticos e apresentado diploma eleitoral e declaração de bens.
A Rádio Bandeirantes tentou ouvir o vereador Felipe do Rancho, mas ele não retornou o contato.