Com estimativa de deficit na casa dos R$ 249 milhões ao final deste ano, o reitor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Marcelo Knobel, anunciou uma série de medidas de contenção de gastos e contingenciamento de recursos.
A resolução prevê revisão em contratos em áreas como a da saúde; suspensão de promoções e progressões de servidores, contingenciamento da reserva estratégica e corte de 20% nos gastos com materiais, passagens aéreas ou ajudas de custo.
A Unicamp conta com orçamento de R$ 2,3 bilhões para 2017, mas 96,9% desses recursos estão comprometidos com a folha de pagamento.
Recomendados
Saiba quem é a influenciadora digital grávida que morreu após complicações da dengue, em Goiânia
Homem mostra bumbum ao passar em radar e registro acaba na multa, no interior de São Paulo
Vizinhos falam sobre isolamento de Andreas Richthofen: “Ele precisa de alguém para dar apoio”
No ano passado, já por conta da difícil situação econômica, a instituição promoveu cortes no orçamento que chegaram a 40 milhões e que resultaram numa reação furiosa de alunos e servidores.
A universidade enfrentou uma greve de 59 dias; a reitoria chegou a ser invadida e professores que queriam trabalhar entraram em confronto com grevistas.
O anúncio dos cortes é consequência de projeções feitas na universidade, que indicam “que o cenário econômico projetado na elaboração do orçamento 2017 não se realizará”.
Em grande parte, por conta da queda nos repasses de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias) – a principal fonte de receita da universidade. O valor do repasse, hoje, equivale ao de 2009, segundo estudos da própria Unicamp.
De acordo com a resolução da reitoria, as negociações sobre reajuste de preços dos serviços deverão considerar, entre outros parâmetros, a variação acumulada nos últimos doze meses das receitas da universidade provenientes de sua quota-parte sobre o ICMS.
Além disso, a expansão física de contratos que resulte em custos adicionais fica condicionada à análise prévia de organismos internos de controle.