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Em SP, bandidos criam ‘Operação Lava Jato Fake’ para extorquir empresários

David Ramos/Getty Images (David Ramos/Getty Images)

Em São Paulo, bandidos criam a “Operação Lava Jato Fake” e se fazem passar por juízes e promotores para tentar extorquir empresários.

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A vítima mais recente foi um administrador que, durante mais de quatro meses, recebeu telefonemas diários dos golpistas.

Nas ligações, um dos criminosos, fingindo ser um procurador federal, exigiu mais de 3 mil reais de propina para “segurar”  uma suposta investigação que seria iniciada.

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O empresário Anael Fael contou que levou um susto com o telefonema:

Eu recebi um telefonema de uma pessoa dizendo ser ligada ao Ministério Público Federal, ao pessoal da Lava Jato, me oferecendo uma série de vantagens se eu pagasse uma contribuição de R$ 3.200. E dava nota fiscal e tudo! Em troca, ele daria um basta nas fiscalizações dos últimos cinco anos da minha empresa.

 

De acordo com Fael, o golpista chegava a ligar de quatro a cinco vezes por dia, desde fevereiro.

Nos telefonemas, o criminoso se identificava como Rideo Sakamoto e afirmava falar em nome de uma associação de magistrados federais, para tentar induzir a vítima a fazer o pagamento.

Irritado com os telefonemas, Fael chegou a gravar uma das gravações. Nela, o golpista diz:

«Querido, to te ligando. não sei se você se recorda. Falo contigo aqui do Ministério Público Federal sobre aquela solicitação, aquele lembrete, aquela participação conosco. Queria saber se poderíamos contar com o seu apoio aqui na Associação dos Magistrados Federais, do MPF.  […] A fiscalização já está dada como feita, como concluída, como encerrada. O senhor está livre da fiscalização, só não está livre da nossa amizade. A contribuição é de R$ 3.200. Você não vai pagar mais nada perante qualquer pedido de participação. Você pode trabalhar sossegado por mais cinco anos».

Ouça a reportagem completa da rádio Bandeirantes aqui. 

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