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Redução de enchentes em São Caetano vai custar R$ 316 milhões

Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

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O fim dos constantes transtornos causados pelas enchentes em São Caetano vai exigir investimento de R$ 316,9 milhões do poder público nos próximos 20 anos. A estimativa é feita pelo Plano de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas da cidade, aprovado pelos vereadores neste mês. O documento traz um diagnóstico dos problemas relacionados ao tema e aponta as intervenções necessárias para resolvê-los.

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Elaborado pelo DAE (Departamento de Água e Esgoto) de São Caetano, o plano mostra que atualmente a cidade tem drenagem falha em 30% de seu território. Nessas regiões, é possível ocorrências de lâminas d’água maiores que 15 cm. O diretor técnico do DAE, Braulio Baptista Júnior, afirma, porém, que apenas 10% deste total, que são os territórios vizinhos a rios e córregos, gera preocupação.

“Os técnicos sempre trabalham com a pior hipótese. Mas hoje a situação é bem melhor do que há 40 anos, por exemplo. As enchentes são localizadas na avenida Guido Aliberti e no bairro São José, quando há muita chuva”, disse.

O plano prevê a construção de sete reservatórios para que enchentes e alagamentos sejam combatidos. Dois deles seriam instalados nos extremos da Guido: um na região do Instituto Mauá de Tecnologia e outro já próximo a avenida Goiás. As demais regiões que necessitarão dos pequenos piscinões são avenida dos Estados, em dois pontos, estrada das Lágrimas, avenida Kennedy (próximo ao Teatro Paulo Machado de Carvalho) e avenida Goiás (na região da GM, bombeiros e hospital).

Esta última área é considerada prioridade para a atual gestão. “Há um gargalo seríssimo na região. A galeria de água passa atualmente debaixo do trilho do trem e aumentar sua vazão traria muito transtorno. Para melhorar ali, vamos fazer um canal alternativo, que será subterrâneo, uma tecnologia que se chama ‘tunnel liner’, para passar ao lado dessa galeria existente e conseguir dar escoamento para o córrego do Moinho”, explicou Baptista. O projeto deve custar cerca de R$ 50 milhões.

Para conseguir verba para os propostas do plano, o diretor técnico afirma que a prefeitura deve tentar linhas de crédito com o governo federal. O documento prevê também que parte dos investimentos seja realizado pelo governo do Estado, responsável pela drenagem em rios metropolitanos. Do total de R$ 319 milhões em 20 anos, R$ 74,6 milhões viriam de verba estadual. O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão do Estado responsável pelo tema, disse ainda não ter tido acesso ao plano municipal.

E mesmo se cidade conseguir completar a “tarefa de casa” nas próximas duas décadas em matéria de drenagem, não há certeza de que os alagamentos estarão extintos. “Não garanto que com todas as providências a gente consiga solucionar o problema. A pessoa que disser que vai resolver está sendo audaciosa demais, correndo o risco de errar. Temos que mitigar. Esse é nosso objetivo. Até porque não temos controle sobre a natureza”, afirmou Baptista.

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