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Polícia investiga morte de bebê e mãe em maternidade em Curitiba

A Decrisa (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde) da Polícia Civil vai instaurar um inquérito para apurar eventual erro médico ou falha da Maternidade Mater Dei na morte de uma gestante na madrugada do último domingo.

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Sandrioni Ribeiro Serbelo, 37, morreu após parada cárdiorrespiratória durante o parto de um natimorto.

Segundo a maternidade, a paciente encaminhada de Tunas do Paraná, na RMC, deu entrada às 21h42 da última quinta-feira em período final de gestação (com 42 semanas) ‘com possível restrição de crescimento intra-útero do seu concepto’.

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Em nota assinada pelo diretor técnico Sidney José Salvador, a instituição informou que “mesmo em observação constante, o quadro clínico evoluiu para óbito fetal intra-útero, antes que entrasse efetivamente em trabalho de parto”, já no dia seguinte, sexta-feira.

Com o bebê morto, a família relatou à polícia, no boletim de ocorrência, que solicitou uma cesárea para a retirada do feto, mas não foi atendida – gerando revolta.

A Mater Dei disse que a paciente foi submetida ao parto normal seguindo indicação de Literatura Médica e Protocolos Obstétrico. “Considerando qual procedimento traria menos riscos à vida da mãe e melhor recuperação pós-parto, a paciente, que já havia passado por três partos normais anteriores, foi submetida à indução do trabalho de parto normal. Em todo o período de dilatação teve o acompanhamento constante dos profissionais de saúde da maternidade e de familiar, com boa evolução, níveis tensionais normais, sem intercorrências”.

Contudo, já no fim de noite sábado, durante o parto, ‘a gestante apresentou quadro convulsivo e, de imediato, após o nascimento do natimorto, teve parada cárdiorrespiratória’, conforme prontuário da maternidade.

Sandrioni evoluiu com óbito, às 22h45, com causa básica indeterminada e deu entrada no IML (Instituto Médico Legal) às 3h20 da madrugada de domingo.

A Maternidade Mater Dei reforçou ‘que não mediu esforços para salvaguardar a vida da mãe e do bebê, lamenta as tristes perdas e coloca-se à disposição da família para quaisquer esclarecimentos’. Além disso, afirmou que está entre as instituições com menores taxas de mortalidade infantil nos últimos anos dos programas Mãe Curitibana e Mãe Paranaense.

A Polícia Civil vai ouvir familiares, médicos e demais profissionais da saúde que tiveram contato direto com Sandrioni e solicitará a requisição do prontuário médico e do laudo do IML.

Assim que as diligências preliminares estiverem prontas, todo o material será encaminhado para análise na Promotoria de Saúde Pública do MP-PR (Ministério Público do Paraná).  

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