Depois de 3 anos prometendo reforçar a segurança, mas sem contratar nem sequer um GCM (Guarda Civil Municipal), a Prefeitura de São Paulo publicou nesta quarta-feira no Diário Oficial a nomeação de 200 novos guardas.
O grupo, formado por 140 homens e 60 mulheres, é parte dos 2 mil que foi aprovada em concurso em 2013.
A seleção foi realizada na gestão passada, de Fernando Haddad (PT), que previa contratar todos os aprovados, mas alegou falta de recursos e só chamou 500, em abril de 2014 – data da última admissão na guarda.
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Presidente do Sindguardas, que representa a categoria, Clóvis Pereira afirmou que a contratação dos 200 é bem-vinda, mas apenas começa a resolver o deficit de efetivo da corporação.
“Só neste ano, 65 guardas deixaram a GCM por pedido de baixa, aposentadoria ou morte. Em 2015, éramos em 6.089, hoje somos 5.750”, afirmou.
Segundo o presidente, a redução do efetivo tem prejudicado a escala de trabalho. “Temos banco de horas, mas como há sobrecarga, muitos guardas não conseguem tirar folgas porque não há como colocar outro em seu lugar.”
Contra o tempo
A Prefeitura de São Paulo tem menos de um ano para convocar os 1,3 mil aprovados remanescentes antes que o concurso (já prorrogado) perca sua validade. O prazo vence em março de 2018.
“O governo fala em dificuldades financeiras, diz que haverá esforço, mas não há nenhuma garantia”, disse Pereira sobre a contratação do grupo restante.
Em nota, a prefeitura informou que o objetivo das nomeações é aprimorar a atuação na área da segurança e contribuir na proteção ao patrimônio público. “A estimativa será chamar o maior número dos aprovados possível, dentro das possibilidades orçamentárias.”