Agora é oficial. O Sindmotoristas, que representa os motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista, decidiu suspender a paralisação que estava marcada para a tarde desta terça-feira. De acordo com o sindicato, houve uma reunião nesta manhã e o governo municipal e os empresários retomaram as negociações, agora com o poder público a mesa. Por isso, a greve que estava programada para às 14h da tarde de hoje foi suspensa.
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Na quarta-feira, as empresas iram entregar uma contraproposta para o sindicato. Na quinta-feira à tarde, haverá uma assembleia no Sindicato para os motoristas decidirem se aceitam ou não a proposta.
Reinvidicações
Com data-base em 1º de maio, a categoria quer 5% de aumento real mais a reposição de inflação, R$ 25 de tíquete-refeição e o recebimento de PLR (Participação de Lucros e Resultados). As empresas de ônibus ofereceram reajuste de 3% nos salários e nos vales-refeição.
A proposta levou o sindicato a defender a greve na semana passada, em assembleia com cerca de 4 mil trabalhadores – são 40 mil no total.
Na sexta-feira e na segunda-feira, os ônibus saíram mais tarde das garagens por causa de assembleias feitas entre as 3h e as 6h com os trabalhadores.
Em nota, o SP Urbanuss, sindicato que reúne as empresas de ônibus, disse que a negociação com a entidade dos trabalhadores está em andamento e que “qualquer movimento paredista […] é precipitado e intempestivo”.
Na nota, o SP Urbanuss afirma que “o setor dos transportes por ônibus tem sido afetado, drasticamente, pela queda de passageiros pagantes e pela diminuição da atividade econômica,[…] Essa situação tem gerado constantes atrasos nos repasses de recursos orçamentários, provocando resultado financeiro negativo para as empresas”.
Reportagem publicada na segunda-feira pelo Metro Jornal mostrou que a dívida da prefeitura com as empresas está em R$ 324 milhões.