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Alexandre Kalil terá oposição forte na Câmara de Belo Horizonte

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Levando em conta os apoios a Kalil durante sua campanha, a base aliada deve se consolidar com 8 dos 41 vereadores | Victor Schwaner/Metro BH
Levando em conta os apoios a Kalil durante sua campanha, a base aliada deve se consolidar com 8 dos 41 vereadores | Victor Schwaner/Metro BH

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Com a situação nas urnas definida, o próximo desafio do prefeito eleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), será costurar alianças na Câmara Municipal para garantir a governabilidade nos próximos quatro anos de mandato. Na Casa, o cenário ainda é bastante dividido e a tendência é de que a oposição a Kali seja maioria na Câmara.

Levando em conta os apoios a Kalil durante sua campanha, a base aliada deve se consolidar com quatro partidos: PHS, PROS, PCdoB, PR e PSDC.  O problema é que a representatividade desses partidos é pequena, de apenas oito dos 41 vereadores. Segundo Gabriel Azevedo – vereador eleito pelo PHS e um dos coordenadores da campanha de Kalil – as conversas para construir a maioria começaram ontem, mas vão passar longe da tradicional troca de favores.

“A ideia é implementar uma mudança em duas linhas. A primeira no comportamento, valorizando a posição de cada vereador com suas bases e seus compromissos. E isso tem que passar longe do ‘toma lá, dá cá’ em troca de secretarias e favores políticos”, explica Azevedo.

Segundo o futuro parlamentar da cidade, o segundo ponto será a suscessão da presidência da Câmara. “Ainda não temos nenhum nome desenhado, mas a certeza é que o atual presidente (Wellington Magalhães) não será reeleito”, afirmou Gabriel Azevedo.

Independentes e oposição

Para Wellington Magalhães (PTN), a posição da Casa no governo Kalil será de independência. Reeleito nas urnas, Magalhães deseja seguir comandando a Câmara Municipal e acredita que falta experência a base formada pelo PHS para liderar o Legislativo da cidade.

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“O que for bom para Belo Horizonte, a gente vai votar. Mas  é preciso que eles saibam trabalhar os acordos.  Vamos ver como isso vai ser feito. O grupo deles só tem novato. Vamos esperar para ver qual nome vão apresentar, mas o grupo que me apóia é grande e quer minha reeleição”, finalizou Magalhães.

Além do PTN, o PMDB e o PSOL também devem marcar posição pela neutralidade. Por sua vez, os vereadores do PT e do PSDB, que somam seis parlamentares, já definiram que serão oposição à Alexandre Kalil. A tendência é que outros partidos que apoiaram outros candidatos durante a eleição sigam o mesmo caminho.

“Nossa bancada fará oposição como fez com Marcio Lacerda (PSB). O que o Executivo apresentar de bom terá o nosso apoio. O que for ruim, vamos criticar. O prefeito eleito, por exemplo, disse que vai abrir a caixa-preta da BHTrans e nós vamos cobrar isso”, afirmou o vereador Pedro Patrus (PT).

Orçamento reduzido

Outra dificuldade que Kalil irá enfrentar será com o Orçamento mais enxuto da prefeitura para 2017.

Conforme previsto na Lei  Orçamentária Anual (LOA), Kalil terá quase R$ 1 bilhão a menos para gastar em 2017 em relação a este ano.

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