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Governo define ajuda para conter a crise hídrica em São Paulo até semana que vem

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, prometeu nesta segunda-feira que o governo federal decidirá, até a semana que vem, quais projetos irá apoiar para ajudar a solucionar a crise hídrica do Estado de São Paulo.

O anúncio ocorreu após reunião com autoridades do governo paulista para o detalhamento das oito obras apresentadas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no dia 10. O valor solicitado por São Paulo é de R$ 3,5 bilhões. Segundo a ministra, os técnicos do governo federal irão analisar as planilhas nesta terça e quarta-feira para que, na quinta-feira, uma nova reunião seja feita para esclarecer eventuais dúvidas nos projetos.

“A presidente Dilma está disposta a ajudar o governo de São Paulo e vamos discutir onde é mais adequado entrar”, afirmou a ministra após o encontro.

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Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Júlio Semeghini, os empreendimentos propostos abrangem obras com duração entre 12 e 30 meses.

O secretário disse ainda que, apesar do impasse com o governo do Rio de Janeiro em relação ao uso da água do Rio Paraíba do Sul, nenhuma obra será feita sem que haja entendimento entre os dois governos estaduais.

Para a ministra, não necessariamente todos os projetos serão apoiados. “Se houver necessidade, faremos blocos de análise”, afirmou.

Sem chuva, sistemas registram nova queda

Os seis sistemas de água que abastecem a região metropolitana de São Paulo registraram queda na segunda-feira.

O Cantareira, que abastece 6,5 milhões de pessoas, operava com 10,3% de sua capacidade, após uma queda de 0,2%. A primeira cota do volume morto já está extinta e a Sabesp anunciou que iniciou oficialmente a captação apenas da segunda cota do reservatório.

A represa Guarapiranga também caiu 0,2%, e atingiu índice de 34,4%. Já o Alto Tietê opera com 7% de sua capacidade. Os sistemas Rio Claro e Alto Cotia também recuaram 0,2%, chegando a 35,8% e 24,1% respectivamente. A maior queda (0,3%) aconteceu no reservatório de Rio Grande, que chegou a 65,3%.

E a situação deve piorar ainda mais porque, segundo a meteorologia, não há chuva prevista para os próximos dias. Na quinta-feira, podem ocorrer pancadas de chuva isoladas.

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