A prefeitura abrirá uma sindicância para investigar o engenheiro civil Roberto Torres, suspeito de cobrar propina de empresários durante a CPI dos Alvarás na Câmara Municipal. A administração municipal vai afastá-lo durante a apuração das denúncias.
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Torres e Antônio Pedace. assessor do vereador Eduardo Tuma (PSDB), aparecem em um vídeo, divulgado pelo Fantástico, da TV Globo, cobrando propina de um comerciante para regularizar seu alvará.
Na terça-feira, o prefeito Fernando Haddad (PT) informou que o caso ficará sob a responsabilidade do controlador-geral, Mario Spinelli.
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“Tomaremos a mesma decisão do caso dos servidores envolvidos com a máfia do ISS. O afastamento pode ser de até 120 dias”, explicou.
Servidor da Secretaria de Licenciamento, Torres estava emprestado à Câmara para auxiliar os trabalhos da CPI, que investigou irregularidades na emissão dos documentos.
Segundo Haddad, o engenheiro não retomará suas atividades na pasta, mas continuará recebendo salário.
A Controladoria do Município já investigava a evolução do patrimônio de Torres. De acordo com o órgão, ele adquiriu 19 imóveis nos últimos cinco anos. Um deles, localizado no bairro da Vila Mariana, foi avaliado em R$ 19 milhões.
O servidor, cujo salário é de R$ 4,5 mil, estava na lista de suspeitos do órgão de fiscalização, que passou a cruzar dados sobre o patrimônio de funcionários da prefeitura com seus rendimentos.
Com relação à suspeita de participação de vereadores no esquema, Haddad disse que não cabe à Controladoria do Município apurar a denúncia. “O Legislativo tem seus procedimentos próprios.”
Hoje, a corregedora da Câmara, Sandra Tadeu (DEM), decidirá se abre ou não uma sindicância para apurar a conduta do vereador Eduardo Tuma (PSDB), que presidiu a CPI. Tuma afirmou que já exonerou Pedace. O parlamentar nega qualquer envolvimento no esquema e diz que pedirá a abertura de uma investigação na Câmara.