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Ciclista morre atropelado por ônibus na avenida Paulista

Acidente ocorreu na esquina com a Brigadeiro Luís Antônio | J.Duran Machfee/Folhapress
Acidente ocorreu na esquina com a Brigadeiro Luís Antônio | J.Duran Machfee/Folhapress

Um ciclista de 35 anos morreu nesta segunda-feira depois de ter sido atropelado no início da tarde por um ônibus no cruzamento das avenidas Paulista e Brigadeiro Luís Antônio. Marlon Moreira de Castro trabalhava como entregador na empresa Ecolivery Courrieros.

Após o acidente, o ciclista ainda tentou se levantar, mas não conseguiu ficar em pé. Uma equipe médica que passava pelo local parou para atender Castro. Ele foi levado, inconsciente, ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.

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De acordo com o hospital, o rapaz teve traumatismo craniano encefálico. Em protesto contra a morte da vítima, um grupo de ciclistas se reuniu às 20h desta segunda na praça do Ciclista.

Segundo o motorista de ônibus Silvio de Carvalho, de 51 anos, o ciclista fez uma conversão repentina à esquerda, quando o sinal já estava aberto para o ônibus.

Em cinco anos, quatro graves acidentes envolvendo ciclistas ocorreram na avenida Paulista.

Além do atropelamento, outros dois casos terminaram em morte no mesmo cruzamento. Em 2009, a terapeuta Márcia Prado foi a vítima fatal. Em 2012, foi a vez da bióloga Julie Dies.

No ano passado, o ciclista Davi Santos, que estava na ciclofaixa de lazer da Paulista, teve o braço decepado ao ser atropelado por um motorista bêbado. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), 35 ciclistas morreram na cidade em 2013, uma queda de 32,6% em relação às 52 vítimas registradas em 2012.

A companhia afirma que, de acordo com o artigo 244 do Código Nacional de Trânsito, é proibida a circulação de bicicletas em vias de trânsito rápido, como é a Paulista. Entretanto, a CET admite que não tem como realizar a fiscalização.

Análise – ‘Falta educação e respeito’*

Em São Paulo, a segurança para andar de bicicleta depende muito da educação e respeito das pessoas, tanto dos ciclistas quanto dos motoristas. O que eu sinto é que falta orientação aos motoristas sobre como agir para que não haja riscos aos ciclistas no tráfego. Ninguém tem orientação.

Por exemplo, em uma subida, o ciclista tende a andar em uma velocidade menor. É preciso que os carros trafeguem com cuidado nessas situações.

Acredito que, com a implantação das ciclovias, o paulistano vai começar a se acostumar e saber como agir em relação ao ciclista. E aí, a segurança tende a ser muito maior.

*Eduardo Dias – Cicloativista

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