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Quadrilhas de aborto lucravam R$ 300 mil, segundo Polícia Civil

Preso durante a operação esconde o rosto | Reprodução/Band
Preso durante a operação esconde o rosto | Reprodução/Band

Uma megaoperação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, batizada de Herodes, realizada nesta terça-feira,  desarticulou uma quadrilha, que se subdividia em sete organizações criminosas, envolvida com a prática ilegal de abortos.

Ao todo, 75 pessoas tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas, até o fim da tarde, foram presas 57. Entre elas estão seis médicos, seis policiais civis, três PMs, um bombeiro, dois advogados e um sargento do Exército.

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Segundo o delegado Felipe Bittencourt, da Corregedoria da Polícia Civil, não havia um comando unificado, mas os grupos, independentes, colaboravam entre eles e respeitavam os territórios de atuação definidos para cada um.

Alguns dividiam os bairros de Bonsucesso, Rocha e Tijuca, na zona norte. Outros dois atuavam em Campo Grande e Guadalupe, na zona oeste. Os demais comandavam a prática em Copacabana e Botafogo, na zona sul. Uma das clínicas lucrava até R$ 300 mil por mês.

Os preços cobrados iam de R$ 1 mil, para maiores de 18 anos em estágio inicial de gravidez, a R$ 7,5 mil, para adolescentes que estavam entre a 23a e a 26a semana de gestação.

Segundo as investigações, que começaram há 15 meses, a quadrilha realizava abortos até em meninas de 13 anos de idade.

Entre os dez médicos denunciados à Justiça, alguns haviam sido indiciados na década de 60. Entre os presos estão Aloísio Soares Guimarães, que já havia sido autuado pela prática em 1962; Bruno Gomes da Silva, suspeito de realizar os procedimentos desde 1977; e Ana Maria G. Barbosa, que teria praticado mais de 2 mil abortos. 

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