A auditoria que avaliou a situação financeira da Santa Casa aponta aumento de quase 300% na dívida da instituição em quatro anos. O valor passou de R$ 146,1 milhões, em 2009, para R$ 433,5 milhões, no final de 2013.
Em julho, alegando falta de recursos, a Santa Casa fechou o pronto-socorro. O atendimento foi normalizado no dia seguinte, após o governo estadual liberar R$ 3 milhões para a entidade.
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O relatório, divulgado ontem, mostra que a gestão do provedor Kalil Rocha Abdalla praticamente esgotou os recursos. Em 2009, o patrimônio líquido era de R$ 220 milhões. Agora, são apenas R$ 323 mil, ou seja, 0,15% do valor. Nos quatro anos analisados, o prejuízo passou de R$ 12,8 milhões para R$ 167,9 milhões.
De acordo com o secretário do Estado da Saúde, David Uip, a partir de terça-feira uma comissão vai acompanhar a gestão da Santa Casa. Segundo ele, os números são “alarmantes e os problemas de gestão são evidentes”. O secretário afirmou também que todos os valores enviados pelo governo federal nos últimos cinco anos foram repassados à Santa Casa. Em nota, o Ministério da Saúde afirma que, em 2013, cerca de R$ 54,1 milhões que deveriam ser repassados não foram alocados para a entidade. No primeiro semestre deste ano, o total chega a R$ 20,6 milhões.