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São Paulo vai começar a captar segunda cota do volume morto

As obras necessárias para retirada da segunda cota do “volume morto” do sistema Cantareira– água armazenada abaixo do nível de captação– já foram finalizadas, segundo informação divulgada na tarde desta segunda-feira pela Sabesp.

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A previsão é de que a retirada de mais 106 bilhões de litros irá elevar em 10,7 pontos percentuais o atual nível do Cantareira, que chegará a 18,7%. Nesta segunda, o índice era de 8%.

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A Sabesp não informa quando começará usar a água. Segundo a empresa, o uso dessa nova cota, cuja captação foi autorizada em julho pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), “só ocorrerá caso haja necessidade”.

Mas se a companhia seguir o cronograma utilizado para retirada da primeira cota, o bombeamento será iniciado nos próximos dias. Em 31 de maio, a captação de 182,5 bilhões litros da reserva técnica foi iniciada quando o índice de armazenamento estava em 8,2%. Com a medida emergencial, o nível do manancial, que abastece a Grande São Paulo e municípios do interior, subiu para 26,7%.

A obra para retirada de mais água da reserva técnica custará R$ 33 milhões. No total, o uso do “volume morto” demandará um investimento de R$ 80 milhões por parte do Estado.

Na sexta-feira, a ANA (Agência Nacional das Águas) decidiu deixar o comitê anticrise criado em fevereiro para gerir a crise no sistema. Segundo a agência federal, que não autorizou a captação  da segunda cota, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) negou um acordo que teria sido fechado em agosto para reduzir o volume de água retirado das represas.

Em Itu, cerca de 2 mil pessoas protestaram contra a falta de água. Os manifestantes jogaram ovos e pedras no prédio da Câmara. A PM usou bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a manifestação.

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